quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Fla dribla soberba e enfrenta obrigação de vencer na estreia da Taça Libertadores

O Flamengo tomou um soco do Botafogo e ficou de pé. Apenas coçou o rosto e pediu mais após sair da Taça Guanabara. A autoconfiança e a integridade não foram abaladas, mas nesta quarta-feira, o time enfrenta um desafio na estreia da Taça Libertadores cujas consequências em caso de tropeço serão bem mais graves. Jogando no Maracanã o Mengão recebe o Universidad Católica com a inscrição “vitória obrigatória” grudada na testa de todo o elenco.

A TV Globo transmite para o Rio de Janeiro.

Rodrigo Benchimol/GLOBOESPORTE.COM

Léo Moura simula dirigir o ônibus do Flamengo na saída do treino no Ninho do Urubu


O título brasileiro e a chegada de Vagner Love deram ao clube carioca o status de equipe a ser batida. No Chile não são raras vezes que a imprensa utiliza a palavra medo” para referir-se ao jogo desta quarta.

- É bem melhor entrar em campo respeitado do que menosprezado. E se isso acontece é porque o nosso time fez por merecer. Nem sempre o melhor vence e vimos isso contra o Botafogo, quando tivemos muito mais chances e eles, em duas bolas mataram a partida – disse o lateral Léo Moura.

A obrigação de vencer às vezes atrapalha. Contra o Botafogo, por exemplo, o decantado favoritismo terminou em derrota. E o discurso dos jogadores lamentando as chances perdidas e considerando o Alvinegro o “time de uma jogada só” deu a impressão de falta de humildade.

A Libertadores é, sem dúvida, a prioridade em 2010. Principalmente depois dos recentes fracassos na competição. Nas três participações neste século, o Rubro-Negro foi eliminado na primeira fase em 2002 e nas oitavas em 2007 e 2008. O último e único título aconteceu em 1981.

O técnico Andrade considera a partida de estreia preponderante para o sucesso no Grupo 8. Posteriormente, o Rubro-Negro visita Caracas e Universidad de Chile, os outros integrantes da chave. Por causa do surto da nova gripe no México em 2009, San Luís e Guadalajara já estão classificados para as oitavas de final desta edição e apenas os seis melhores segundos colocados dos oito grupos avançam de fase.

- Muita gente acredita que a Libertadores será fácil, mas eu penso exatamente o contrário. Nosso grupo tem dois times chilenos que são fortes, além do Caracas, que pouca gente vê, mas sempre chega. É fundamental começar com uma vitória, até porque temos dois jogos fora em seguida e queremos o primeiro lugar do grupo – declarou o treinador.

Ponto fraco do time na temporada, com 15 gols sofridos em oito jogos, a defesa tem uma mudança. Apostando no jogo aéreo do time chileno, o treinador trocou Ronaldo Angelim, de 1,79m, por Fabrício, nove centímetros mais alto. Ele jogará ao lado de Álvaro.

O Império do Amor, com Vagner Love e Adriano, está confirmado. Petkovic fica no banco de reservas, e Vinícius Pacheco continua como responsável pela ligação entre o meio-campo e o ataque.

Chilenos perderam as últimas três

A melhor participação do Universidad Católica na Libertadores foi em 1993, quando perdeu o título para o São Paulo. Neste ano, a equipe eliminou o Colón-ARG na pré-Libertadores, mas mesmo assim não vive bom momento.

O técnico Marco Figueroa está ameaçado de demissão por causa de três derrotas consecutivas no Campeonato Chileno. O time ocupa o modesto 11º lugar na tabela. Os principais jogadores são os meias Mirosevic e Damián Diaz e o atacante Morales.

- Temos de ser realistas. Eles têm um ataque de nível mundial, vai ser difícil enfrentá-los. Precisamos ter tranquilidade. Temos de nos precaver e tentar aproveitar as oportunidades que surgirem. No papel é difícil, ainda mais pelo momento que estamos passando. Mas o futebol sempre surpreende e vamos tentar vencer ou conseguir um ponto, que também seria bom - disse, em entrevista ao site chileno cooperativa.cl, o goleiro Cristopher Toselli


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