Por mais que os jogadores quisessem demonstrar o contrário, na saída para o vestiário ninguém ficou muito satisfeito com o rendimento de suas equipes na primeira etapa. Exceto pela presença de público, em que o Flamengo levou vantagem, foi tudo muito igual no clássico do Maracanã.
Lá e cá, as chances até aconteceram, mas não em quantidade suficiente para empolgar os torcedores. Mais até por falta de capricho - porque as defesas deram algum espaço - os ataques rivais despediçaram jogadas criadas sobretudo pelas laterais, com Léo Moura e Everton, para os rubro-negros, e João Paulo, no lado tricolor.
Os insossos 45 minutos iniciais, porém, deixaram algo claro: apesar da opção de Parreira por tirar Marquinho do time para pôr Fabinho e, assim, reforçar a marcação, o Flu poderia ter avançado mais, dado que o Flamengo mostrou-se desorganizado e recuado em certos momentos, talvez pelo fato de o sistema defensivo nunca ter jogado junto.
No duelo Fred x Adriano, leve vantagem para o camisa 9, que cobrou até falta, com perigo, e incomodou os zagueiros. De bom, o Imperador somente fez a função de pivô duas ou três vezes e saiu de uma jogada, em que estaria impedido, para que Ibson levasse vantagem.
Para desespero dos 44 mil torcedores que se arriscaram no estádio, o panorama não mudou no segundo tempo. Pelo menos até os 20 minutos. A maioria das disputas de bola parava na rispidez das jogadas de meio-de-campo. Era nítido, também, o receio dos times de se atirarem à frente.
Com mais fôlego, o Flamengo começou a contolar as ações. Acuado, o Flu nem contragolpe tinha mais, principalmente porque Thiago Neves, de saída, aproveitou para desaparecer. Apesar de meio estabanado, Ricardo Berna salvou o Tricolor em algumas oportunidades. Ambas as equipes tiveram ótimas chances em cobranças de falta na entrada da área, que, no entanto, não deram em nada.
E ficou assim. Cuca pôs Petkovic em campo, enquanto Parreira resolveu lançar Marquinho, tudo aos 36 minutos. As alterações tardias não fizeram efeito e o Fla x Flu foi encerrado de modo melancólico, definitivamente como um dos piores dos últimos tempos.
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