– Ele que vai decidir – afirma Cuquinha, que tem em comum com o irmão o amor pelo futebol.
Mas enquanto Cuca foi um jogador reconhecido e já se consolidou como técnico, o irmão tem outra filosofia. Ele chegou a ser volante de Coritiba, Brasil de Pelotas (RS), Santa Cruz (RS) e Tuna Luso (PA). Mas a carreira durou apenas seis anos.
– O que me atrapalhava era a bola – brinca Cuquinha, que também não tem a ambição de ser técnico.
Virou auxiliar por acaso. Trabalhava na panificadora de Cuca, em Curitiba, quando este o chamou para o cargo quando estava no Avaí.
– No primeiro ano discutíamos cinco, seis vezes por mês. Atualmente, se discutimos duas é muito. Já sei o que ele quer pelo olhar – disse. Mas Cuca entrega o irmão caçula (ainda tem o mais velho, Amauri, e a do meio, Anykeli).
– Uma vez não fui à concentração e o Capixaba (apoiador) não estava animado. Falei: “vai lá e dá uma animada nele, Cuquinha”. Pouco tempo depois, ele me liga: “Danou-se. Ele não quer mais jogar”. Nossa! Eu fiquei louco. Tive de ir meia-noite para a concentração resolver isso – lembra com humor, para revelar a origem do apelido.
– O nome dele éAvlamir. Minha mãe não estava inspirada no dia. Não é um nome tão simples... Por isso virou Cuquinha – brincou.
Confira o bate-bola com Cuquinha:
LNET!: Por que você não seguiu a carreira como jogador? Pensa em ser técnico um dia?
Cuquinha: Quando se joga profissionalmente você treina uma vez por dia. Aí, depois, não pode fazer outra coisa, como jogar uma pelada à noite. Gosto do lado social do futebol, de ver as partidas. Sou peladeiro. Pode ver que em qualquer treino de dois toques eu estou dentro (risos). E não sonho em ser técnico. Enquanto Cuca for treinador, não tenho condição de ser. O dia que ele parar, aí eu viro olheiro. Mas daqui uns sete anos vou largar o futebol. Minha ambição é criar bem a minha família (a esposa, Patrícia, e os filhos João Victor e Eluiza) e ser feliz.
LNET!: Num país em que fala-se muito em nepotismo, nunca te olharam feio por ser irmão dele?
Cuquinha: Jamais. Nunca ninguém questionou minha capacidade. Ao contrário, em muitos clubes já aconteceu de ele ter de sair e pedirem para eu continuar.
LNET!: Pode lembrar alguma história entre vocês dois?
Cuquinha: Quando ele jogava, sempre perguntava quanto seria o placar. Aí eu dizia e tal. Quando eu acertava, ele me dava o bicho. Deu para comprar uma moto (risos).
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