O Flamengo faz contas em tempos de pandemia do coronavírus, mas os números divulgados em seu balancete do primeiro trimestre do ano ressaltam a diferença na geração de receitas em relação aos rivais domésticos.
De acordo com dados oficiais do clube, o Fla somou uma receita bruta de R$ 259 milhões do início do ano até 31 de março (R$ 256,7 milhões de líquida). O número é maior do que Vasco e Botafogo atingiram em toda a temporada de 2019. O Cruz-maltino atingiu R$ 215,3 milhões, enquanto o Alvinegro alcançou R$ 213,6 milhões. O Fluminense ficou acima deste patamar: R$ 265,2 milhões
Esta conta do Rubro-negro é puxada por venda de atletas, especialmente a de Reinier, patrocínio, bilheteria e sócio-torcedor. O superávit do exercício ficou em R$ 53,9 milhões, mas este cenário ainda não contemplou a crise causada pela pandemia. As parcelas restantes referentes à transferência do jogador ainda serão quitadas em julho de 2020, janeiro de 2021 e julho de 2021.
O Flamengo prevê dias difíceis e afirmou que "o surto desencadeou decisões significativas de governos e entidades do setor privado, que somadas ao impacto potencial, aumentaram o grau de incerteza para os agentes econômicos e podem gerar impactos que afetarão os exercícios futuros".
Antes do cenário de incerteza, o Fla tinha orçado receitas de R$ 726 milhões para esta temporada, mas os números certamente serão recalculados. As perdas com bilheteria e o "Nação" serão significativas. Em 2019, ano dos mais vitoriosos da história dos rubro-negros, o clube atingiu receita recorde no Brasil: R$ 950,4 milhões.
"O que indicava uma limitação de público e o risco de uma eventual paralisação de dois meses, com retorno gradativo, não se confirmou. As incertezas e ações governamentais, indicam um aprofundamento deste cenário, não sendo possível indicar com precisão o fim da crise", comunicou o Fla.
Os cintos na Gávea já estão mais apertados, visto que o clube demitiu 62 funcionários e chegou a um consenso de redução salarial com os atletas durante a covid-19.
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