Chegou
a hora de separar os homens dos meninos. O clichê serve para definir o
desafio da dupla de zaga do Flamengo, sábado, às 21h (de Brasília),
diante do Atlético-MG, no Independência. Sem os experientes Réver e
Juan, lesionados, os garotos Léo Duarte e Thuler têm missão dobrada pela
frente: ajudar o Rubro-Negro a recuperar a liderança do Brasileirão e
mostrar que não há urgência de ir ao mercado para reforçar o setor.
Com a mudança, Maurício Barbieri tem uma queda drástica na média de
idade de sua dupla de zaga: de 36 para 20 anos. Isso porque Rhodolfo,
substituto natural dos titulares, está suspenso pela expulsão no
clássico com o vasco. A falta de opções fará com que Léo e Thuler entrem
em campo juntos pela sexta vez na temporada.
A parceria até começou bem, passando ilesa aos confrontos com
Cabofriense e Bangu no Carioca. A goleada por 4 a 0 sofrida para o
Fluminense, entretanto, é a responsável pela pulga atrás da orelha. É
preciso recuperar a confiança de um torcedor que os viu em campo ainda
na derrota por 1 a 0 para o Macaé e nos minutos finais do 3 a 1 sobre o
Atlético-GO, em amistoso.
Jogos em que Léo Duarte e Thuler jogaram juntos:
- Flamengo 1 x 0 Cabofriense
- Flamengo 1 x 0 Bangu
- Flamengo 0 x 4 Fluminense
- Flamengo 0 x 1 Macaé
- Flamengo 3 x 1 Atlético-GO (os últimos 12 minutos)
Segurar um ataque com o consagrado Ricardo Oliveira e Roger Guedes,
artilheiro do Brasileirão, será importante também para que ambos comecem
a justificar no profissional a fama que os acompanhou na base. Mais
rodado, Léo Duarte, de 21 anos, foi campeão da Copa São Paulo em 2016,
quando foi capitão. Desde então, são 30 partidas como profissional: 15
vitórias, oito empates e sete derrotas.
- Eu e Thuler só jogamos juntos no profissional, na base nunca jogamos.
Mas a gente não sabe qual será a zaga. Quem entrar, dará o melhor pelo
Flamengo. É um jogo importante contra o Atlético, vamos entrar com força
máxima e foco total para tentar voltar com os três pontos - disse Léo
no desembarque no Rio de Janeiro vindo de Buenos Aires.
Para Thuler, a oportunidade é ainda mais desafiadora. Integrado
definitivamente aos profissionais desde o início do ano, não fez parte
do elenco vencedor da Copinha, mas foi titular no início da campanha no
Carioca. Ao todo, são sete jogos no time de cima, que renderam ainda
convocações para a Seleção Sub-20.
A oportunidade diante do Atlético-MG surge justamente uma semana após
passagem relâmpago pelas categorias de base. Na decisão do Carioca da
categoria, Thuler foi o reforço do Flamengo que bateu o Vasco por 1 a 0
no Maracanã e levou o título. Sete dias depois, o desafio é maior.
Chegou a hora de separar os homens dos meninos.
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