domingo, 4 de fevereiro de 2018

Vice de finanças desponta como candidato no Flamengo; chapas se aproximam

Claudio Pracownik desponta como candidato no pleito de 2018 (Foto: Gilvan de Souza )A 11 meses da eleição do Flamengo, um cenário aparentemente atípico pode colocar lado a lado dois adversários recentes contra um atual aliado.

Ainda é cedo para definições de alianças, mas o caso em questão uniria o candidato de Eduardo Bandeira de Mello, com chances crescentes de ser o vice de finanças Claudio Pracownik, com Rodolfo Landim, da chapa verde, em lado oposto a grupos políticos - parte de situação e de oposição - de apoio a Maurício Gomes de Mattos, vice-presidente geral eleito na chapa de Bandeira em 2015. 

Antes reticente em falar em candidatura, o vice-presidente de finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, se colocou à disposição para suceder Bandeira “se for para ajudar o clube”, expressão que usou em entrevista ao Mundo Rubro-Negro. 

 - É uma possibilidade que eu posso avaliar – afirmou Pracownik ao site Mundo Rubro-Negro, que iniciou pelo menos uma campanha prévia: fair play na eleição de dezembro deste ano. 

Em setembro, os grupos entregam as chapas no processo eleitoral rubro-negro. Tem muita água para rolar ainda, mas Pracownik desponta como sucessor natural de Bandeira – e é visto como ponto de convergência para adversários do último pleito. A ponto de anular o desgaste que levou à cisão política no fim do primeiro mandato de Bandeira. 

O atual presidente do Flamengo disse que seu grupo vai ter “candidato de situação” em evento de gestão de futebol em São Paulo, na última semana. 

- O resultado de campo vai ser decisivo para a eleição em dezembro, mas não vai ser tudo. O sócio vai votar na continuidade do trabalho, porque sabe que o trabalho está sendo feito e que os sucessos são resultado disso e não voos de galinha. Vamos ter um candidato de situação, que vai sair do nosso grupo, que está unido. Temos um corpo de executivos de altíssimo nível. E isso vai pesar quando o eleitor do Flamengo vai definir se quer a continuidade desse projeto ou voltar para situações desagradáveis – disse Bandeira. 

O presidente rubro-negro afirmou que o grupo está unido, referindo-se a base de apoio da SóFla e outros que andaram ao seu lado nas últimas duas eleições. Mas há controvérsias. Na Gávea todos sabem que o relacionamento com o vice-presidente geral Mauricio Gomes de Mattos não é dos melhores. Mauricio é um dos postulantes ao cargo. 

Bandeira de Mello e Wallim Vasconcelos no início da gestão  (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem) Uma união, que seria impossível com Bandeira à frente, está mais próxima de acontecer com Wallim Vasconcellos, Rodolfo Landim e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, que teve desavenças pessoais com o atual presidente, no movimento que terminou por dividir a chapa azul original e fundou a chapa verde – Wallim ficou em segundo lugar no último pleito, com Cacau Cotta na terceira posição. 

Pracownik disse ao Mundo Rubro-Negro que espera a união das chapas, com candidato de consenso. Ele admite que não é simples essa união, mas vê nas conversas em vigor bons sinais de um entendimento. 

- Eu vejo as pessoas com essa visão (de união) e essa esperança. Há passos para serem dados nesse sentido. Ficaram rancores. Mas os rancores são pessoais. Se um rancor pessoal for mais importante do que o futuro melhor do clube, nós estaríamos colocando os interesses pessoais acima do clube. Nós temos que ter essa capacidade de trabalhar pelo bem do Flamengo e coloca o interesse maior à frente dos sentimentos – afirmou ao Mundo Rubro-Negro. 

Além de Pracownik, Alexandre Wrobel, Pedro Almeida – dois que eram bem cotados para serem sucessores de Bandeira – e outros cartolas do Fla mantêm bom relacionamento e conversas com Wallim e companhia. O próprio Wallim trata a união como possível se o nome tiver o perfil do vice de finanças ou de Rodolfo Landim, a indicação do seu grupo.

 Com relacionamento em diversas correntes na Gávea, Mauricio Gomes de Mattos costuma dizer que “está preparado para servir ao Flamengo de porteiro a presidente”. Sem excluir a possibilidade de ser candidato - e também pregando a união pelo bem do clube -, ele vê nos grupos de apoio a Bandeira o maior alicerce para a disputa da presidência. Ele cita, além do SóFla, Sinergia, Fat, Fla Raiz, Fla +, Fla Fut, Ideologia, Nova Geração, Identidade, Fla Tradição e União Rubro-Negra. 

- É cedo para falar em candidatura. Como diz o Angelim, a minha vaidade é ver o Flamengo vencer. Penso que quem tem que escolher candidato são os grupos. Deles, vão sair os candidatos. Ninguém é candidato de si próprio. Se acharem que posso unir e alcançar resultados no Flamengo, vou estar à disposição – afirmou Gomes de Mattos. 

Questionado se espera apoio de Bandeira, o atual vice-presidente do Flamengo, criador do projeto de Embaixadas e Consulados do clube, diz que vai procurar todos grupos. Ele prevê definições no calendário eleitoral entre julho e agosto. 

- A conversa vai existir com todos ex-presidentes. Mas, se acontecer de ser escolhido candidato, gostaria do apoio do Bandeira e de todos ex-presidentes que sentaram na cadeira mais importante do clube – concluiu o vice-presidente do Flamengo.





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