Restam poucas vagas na equipe de Paulo César Carpegiani. São mais três
partidas até a estreia da Libertadores. A final da Taça Guanabara, no
próximo domingo contra o Boavista, a estreia na Taça Rio, diante do
Madureira, e o Fla-Flu, na segunda rodada. Apenas uma alteração, por ser
obrigatória, é certa para encarar o River Plate dia 28 de fevereiro:
Cuéllar, suspenso por duas partidas, sai da equipe.
Jonas hoje é quem mais se aproxima da vaga para a estreia na
Libertadores, contra o River Plate. O treinador observou Rômulo, que
tinha a preferência inicial de Carpegiani, mas ainda não se convenceu
para efetivar o jogador, contratado no ano passado. Em duas partidas em
2018, Rômulo foi substituído - contra o vasco, aos 19 minutos. Contra o
Bangu, antes, aos 16 da segunda etapa. Na semifinal diante do Botafogo,
não foi para o banco.
O estilo menos técnico e dinâmico, porém mais cão de guarda de Jonas,
se não é o ideal buscado pelo técnico - na coletiva de imprensa após a
semifinal, Carpegiani disse que se quisesse apenas marcação no meio,
escalaria zagueiros -, deixa o treinador do Flamengo mais seguro em
escalar um meio de campo mais leve, com apenas um volante fixo.
Diego Alves trabalha por retorno; Arão e Trauco saem atrás
No planejamento da comissão técnica, Cuéllar atua apenas mais uma
partida. Justamente a final contra o Boavista. Depois, Jonas e Rômulo
disputam a posição. Contra o Fluminense, dia 24 de fevereiro, quatro
dias antes do duelo com o River, o treinador vai lançar time misto. No
clássico, as mudanças são a esperança de jovens talentos da posição,
como Ronaldo e Jean Lucas. A dupla teve bom desempenho no início do
Carioca, mas ficou fora do banco de reservas nos últimos jogos.
- Foi muito importante a vitória (contra o Botafogo) para dar
prosseguimento aos jogadores que estão retornando. Nesse jogo decisivo
(Boavista) é fundamental que essa equipe jogue. No início do returno
será essa mesma equipe que vai jogar. Mas contra o Fluminense vou
repensar, vai ser outra equipe, com outros jogadores - adiantou o
treinador do Flamengo.
Carpegiani não ignora o crescimento e as boas aparições dos jovens da
base, mas deu o recado em entrevista no último sábado ao "Zero Hora",
jornal de Porto Alegre (RS).
- Tenho garotos pedindo passagem. Mas tudo tem seu tempo. Sou realista, não sonhador - disse o técnico ao periódico gaúcho.
Outra dúvida do treinador vai depender única e exclusivamente de ritmo
de jogo. Diego Alves já está de volta aos treinos com o preparador
Rogerio Maia, sem restrições - até a última semana ainda havia
limitações de quedas no treinamento. César segue em boa forma neste
início de temporada de 2018. Mas a vaga é de Diego, que deve ser testado
para iniciar a Libertadores.
Outros antigos titulares vivem situação distintas. Renê foi titular nas
últimas partidas e mostra regularidade - embora participe menos do jogo
no setor ofensivo, defende bem. O lateral-esquerdo peruano Trauco ainda
não estreou em 2018 e dificilmente retoma a vaga até o jogo contra o
River Plate.
Titular nas últimas duas temporadas, Willian Arão perde espaço também
no novo esquema de Carpegiani, que desconversou ao ser questionado como
armaria a equipe com o retorno do meia - deixou no ar que Arão fica no
banco para levar a campo o time com Diego, Paquetá, Éverton Ribeiro e
Everton, com o centroavante Henrique Dourado, no setor de ataque.
Carpegiani não enxerga em Arão características para a função de
primeiro volante. Entende que, apesar da técnica, a marcação pode ser
ponto falho. Por isso, vai pensar no retorno de Arão, que hoje parece
mais próximo do banco de reservas.
- Não estou pensando nele ali (primeiro volante) não. Ele precisa se
recuperar primeiro e terá a mesma oportunidade que os demais - disse
Carpegiani.
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