Em
audiência realizada nesta tarde na sede da Conmebol, no Paraguai, o
Flamengo apresentou argumentos e provas para evitar punição pelos
incidentes da final da Copa Sul-Americana, contra o Independiente, no
último dia 13 de dezembro. Anteriormente, o clube rubro-negro apresentou
defesa por escrito até fazer a defesa formal no processo, que corre
desde o fim do ano passado na entidade sul-americana. Os advogados do
Flamengo saíram confiantes da sede da Conmebol.
A audiência de instrução, onde o Flamengo - representado por Pedro
Fida, que também defende Guerrero na Fifa - ressaltou que pediu
segurança máxima em documento oficial às autoridades, durou mais de 3h
em Luque, cidade ao lado de Assunção, a capital paraguaia. A grande
preocupação do Flamengo é com punição que o impeça de jogar no Rio ou
com portões abertos na primeira fase. A estreia do Flamengo na
Libertadores está marcada para 28 de fevereiro e deve ser realizada no
Maracanã.
O paraguaio Eduardo Gross Brown, o venezuelano Amarilis Belisario e o
chileno Juan Carlos Silva foram os julgadores do caso, em Luque, na
luxuosa sede paraguaia. O Rubro-Negro foi representando por Pedro Fida,
contratado pelo Flamengo.
O Flamengo foi denunciado em dois artigos pelo Tribunal de Disciplina
da Conmebol. O documento cita seis incidências do jogo do Maracanã. Pelo
artigo 11.2, trata de lançamento de objetos em campo (letra B do
artigo), uso de fogos de artifício e materiais pirotécnicos (C), "causar
danos" (E), falta de ordem e disciplina antes, durante e após a partida
(F), além da não identificação de causadores de tumulto e agressões, o
que pode penalizar o clube (G). Não foi citada invasão de campo.
Além disso, no regulamento específico da Sul-Americana, o clube foi
denunciado pelo artigo 20, que trata da segurança da partida e
responsabiliza o clube pela organização do jogo como mandante seja com
medidas preventivas, seja com policiais e agentes particulares
contratados. As punições previstas estão estabelecidas no artigo 22 do
Regulamento Disciplinar e vão desde advertência a multa de US$ 400 mil a
exclusão de competições, passando por perda de mando de campo até a
obrigação de tirar partida de um país.
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