O ser
humano não é só corpo e filosofia. Tem outros componentes pouco
tratados e em alguns casos omitidos e desconhecidos na preparação
esportiva ou no âmbito empresarial".
As palavras são de uma figura ainda completamente desconhecida do
torcedor do Flamengo. E ainda pouco ativa no dia a dia do clube da
Gávea. Mas o fato é que, discretamente, um corpo estranho apareceu nos
últimos dias na rotina da delegação rubro-negra. O nome dele é Orlando
Caicedo. Ele é coach, colombiano, tem 60 anos e é um velho conhecido de
Reinaldo Rueda.
O treinador chamou o amigo, com quem trabalhou no Atlético Nacional, na
seleção do Equador, de Honduras e em outros 10 anos de parceria, para
acompanhar a reta final do Flamengo em 2017. Realmente um ano de muitas
histórias e muitas emoções no Rubro-Negro.
Nos bastidores, a reportagem ouviu que Caicedo apenas acompanhou a
delegação, mas não teve participação na rotina da equipe, nem conversa
com jogadores e ainda não tem qualquer perspectiva de ficar no clube
para 2018.
O Flamengo tem um departamento de psicologia, chefiado por Fernando
Gonçalves, que não costuma acompanhar o time em muitas viagens. A
chegada de Caicedo, que andou sem uniforme e não tem qualquer vínculo
com o clube, não caiu muito bem dentro do departamento de Gonçalves.
Caicedo é odontólogo, com especialização em neurolinguística e ciência
do pensamento. Em entrevistas recentes, a serviço do Atlético Nacional e
da seleção do Equador, o coach descrevia seu trabalho como ferramenta
para "potencializar as qualidades, a força e as oportunidades dos
atletas, para corrigir o pensamento negativo de maneira gradual".
O coach - que lançou livro com título "Comunicação - Fundamento do
êxito esportivo" - iniciou sua carreira trabalhando em campeonatos de
xadrez, basquete e outros esportes. Ele conheceu Rueda através de um
amigo em comum, um neurologista. Entre os êxitos destacados em seu site
oficial - que tem foto dele abraçado a Berrío, hoje no Flamengo, como
destaque - estão a liderança do Nacional no ranking de clubes em 2016, a
Libertadores de 2016, a Recopa Sul-Americana de 2017, outros títulos na
Colômbia e as classificações de Honduras e Equador para os mundiais de
2010 e 2014, respectivamente.
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