Willian Arão faz um 2017 ruim com a camisa do Flamengo. Acumula más
atuações e não consegue, juntamente com Márcio Araújo, melhorar a saída
de bola do meio-campo para o ataque. Antes gritado pela torcida em
função do bom início do clube, sobretudo no primeiro semestre do ano
passado, agora está na mira. Foi xingado no CT, na sexta-feira, no
Aeroporto Hercílio Luz, no sábado, e aos 40 minutos do primeiro tempo do
empate por 1 a 1 entre Fla e Avaí, no domingo. As ofensas na Ressacada
vieram após o segundo dos dois erros de passes que cometeu na partida.
Pouco errou passe, mas jogou mal.
Desconcentrado, virou alvo e não voltou para o segundo tempo. Um dos
líderes de desarmes e roubadas de bola do Flamengo desde que chegou ao
clube, neste domingo só conseguiu um em cada quesito mencionado. A má
fase não é novidade nem para o próprio camisa 5 rubro-negro.
- Talvez sim. Meu momento ruim vem também com o time, também não jogo
sozinho. Às vezes erro um passe, as pessoas olham para mim, mas às vezes
a culpa não é minha. Não estou querendo terceirizar isso. Acho que pode
se considerar meu pior momento, mas estou muito tranquilo. Já vivi bons
momentos, mas nunca deixei de trabalhar. Vou continuar trabalhando para
voltar a jogar bem - afirmou o jogador de 25 anos.
Zé Ricardo também sente que o comandado está mal e relaciona tal queda
com o alto índice de participação de Arão. No ano passado, atuou em 64
dos 68 jogos do Flamengo. Na atual temporada, só não entrou em campo em
em seis dos 35 compromissos rubro-negros. O técnico aposta no diálogo
para ver se vale ou não substituí-lo. Com Muricy Ramalho ou Zé, o
volante sempre foi titular. Só Jayme de Almeida, interinamente contra o
Grêmio, em 2016, o barrou.
- A gente vai analisar bem durante esses dois dias de preparação.
Willian participou bastante das partidas até agora. Talvez esteja
sentindo agora o resultado de tanto esforço que fez. Tem nossa
confiança. Vamos conversar. Se tiver que fazer substituição para as
próximas partidas, sem problema algum. Porque é um grupo em que temos
total confiança, e o atleta da posição está treinando bem. Vejo isso com
naturalidade - afirmou Zé Ricardo.
Sobre as ofensas escutadas nos protestos e na Ressacada, Arão acredita
que a cobrança só é endereçada a quem pode entregar algo interessante.
Por isso, assegura tirar de letra o atual momento que enfrenta.
- Estou muito tranquilo. Acho que eles estão no direito deles desde que
não partam para a violência, até porque o time não vive boa fase. Se
estão me cobrando com certeza é porque sabem que posso dar mais.
Posso melhorar, talvez não esteja jogando tão mal assim, mas sempre busco a melhora pessoal. Não estou satisfeito com meu rendimento e vou trabalhar para poder reverter essa situação.
O Flamengo volta a jogar na próxima quarta-feira, às 21h, na Ilha do Urubu, contra a Ponte Preta.
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