quarta-feira, 12 de abril de 2017

Reunião do Conselho: patrocinador ganha espaço e Kleber Leite pode ser suspenso


Carabao patrocina o Flamengo desde janeiro, e o touro do energético passará a ter mais destaque na camisa (Foto: Reprodução/Twitter) 
 
A principal logo da Carabao, patrocinadora do Flamengo desde janeiro e que pagará R$ 190 milhões ao clube em seis anos, entrará no uniforme rubro-negro ainda em 2017. Se nas duas mangas havia apenas a inscrição do nome do energético, agora o touro que simboliza a bebida entra em ambas também. Em um dos lados, é exibido na parte frontal. No outro, posiciona-se nas costas. A aplicação do escudo foi aprovada em reunião do Conselho Deliberativo ocorrida na terça-feira. 

Em 2018, o touro da Carabao vai para a área mais nobre da camisa do Flamengo, tornando-se a partir de então patrocinador master do Rubro-Negro. Ainda na atual temporada, o nome do energético ganhará um contorno mais forte na cor preta dentro das mangas.

 Terceiros uniformes para 2017 e 2018 aprovados


Diego atacou de designer em ação da fornecedora de material esportivo do clube (Foto: Divulgação/Adidas) 
 
Na mesma sessão, foram aprovados os terceiros uniformes para as temporadas 2017 e 2018. O que será utilizado ainda este ano foi desenhado por torcedores em concurso promovido pela Adidas, fornecedora de material esportivo do clube, em julho do ano passado. De cor amarela, será lançado em 21 de julho de 2017. O modelo vencedor da disputa não foi divulgado. 

Em 2018, o terceiro uniforme do Flamengo será azul, e o design será padrão para Real Madrid, Bayern Munique, Manchester United, Juventus e AC Milan, integrantes do "Top Five Teams da Adidas". O desenho gerou controvérsias por ter sido considerado nada convencional. 
 
Kleber Leite será julgado pelo Conselho de Administração
 
Outra pauta discutida na noite de terça-feira foi a respeito do pedido da abertura de inquérito contra Kleber Leite por conta da disputa judicial entre Flamengo e Consórcio Plaza (entenda o caso no fim da matéria). No ano passado, o juiz Siro Darlan, benemérito do Fla, e outros conselheiros cobraram que Eduardo Bandeira de Mello entrasse com uma ação de regresso a fim de responsabilizar Kleber por ter feito uma dívida que custou R$ 61,5 milhões aos cofres rubro-negros - tal débito já foi finalizado. 




Kleber Leite presidiu o Flamengo entre 1995 e 1998 (Foto: Agência O Globo) 

 O Conselho Diretor do Flamengo se aconselhou com advogados do clube e achou por bem desistir da ação, já que as contas de Kleber Leite no período entre 1995 e 1998, anos em que presidiu o Rubro-Negro, foram aprovadas. O entendimento é o seguinte: se não sofreram restrição à época, como cobrar posteriormente? Assim, tal ação regressiva foi descartada. 

Foi deliberado na terça-feira que Kleber Leite terá de responder ao Conselho de Administração por ter assinado contrato com o Consórcio Plaza, que construiria um shopping na sede rubro-negra, diferentemente do que propunha. O ex-presidente afirma que recebera uma doação no valor de R$ 6 milhões do consórcio, mas advogados do Plaza contestam tal afirmação. 

À época, o Conselho aprovou a doação, mas no clube há a versão de que Kleber assumiu uma dívida após ser chantageado. 

Kleber será julgado pelo Conselho de Administração. Será apurado se tem responsabilidade ou não na assinatura de acordo que provou-se lesivo ao Flamengo. Inicialmente o processo pode culminar no máximo em suspensão. 

Entenda o caso

A disputa judicial entre Flamengo e Consórcio Plaza se arrasta desde 2002 nos tribunais. O problema começou em 1996, quando Kleber Leite era o presidente do Flamengo. O montante se refere a uma dívida, que o clube não reconhecia, contraída com recebimento de R$ 6 milhões feito junto ao consórcio, que arrendaria a Gávea por 25 anos para a construção de um shopping. O empreendimento não saiu do papel e a verba já havia sido aplicada na contratação de Edmundo, e o caso passou a ser contestado na Justiça. Com o passar dos anos, a dívida se multiplicou e hoje, de acordo com cálculos do clube, passou de R$ 90 milhões. Em abril de 2016, o Conselho Deliberativo aprovou acordo de pagamento de R$ 61 milhões ao grupo Multiplan, do Consórcio Plaza, para encerrar o caso.

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