A Odebrecht não suporta o Maracanã e, além de pressionar o
governo do Rio a aceita-lo de volta, negocia, por enquanto sem sucesso,
com dois grupos de fora a venda dos direitos de gerir o estádio, o que
causou indignação em Flamengo e Fluminense, que sonhavam em
administra-lo.
A empreiteira alega ainda que o Maraca necessita
de obras para voltar ao estado em que estava antes dos Jogos do Rio e
briga com o Comitê Organizador. Alega que ele está descaracterizado e resolveu suspender eventos e jogos, o que irritou o governo fluminense.
O Estado do Rio avalia que, parado, o Maracanã possa começar a
enfrentar problemas em sua estrutura, já que a manutenção adequada não
estaria sendo feita por nenhuma das partes.
Enquanto isso o
Flamengo vai jogar no estádio da Portuguesa, na Ilha do Governador, mas,
assim como o Fluminense, tem reclamado do que considera descaso com o
principal estádio do Brasil e, quiçá, do mundo.
O Maraca estaria
sem equipamentos básicos de segurança, sofrendo com atraso no pagamento
de contas de luz, telefone, água e gás e sem manutenção no gramado e nas
cadeiras.
Há três anos a Odebrecht ganhou o direito de
explora-lo, comandando a Concessionária Maracanã, mas alvo da Lava Jato e
em forte crise financeira, reclama que só tem tido prejuízo e não quer
mais manter o negócio. O governo do Rio, porém, não quer pegar o que
considera um abacaxi de volta. Inclusive porque está quebrado e não tem
como mante-lo.
Para piorar (ou melhorar, porque esclarecimentos
são necessários), promotores investigam superfaturamento nas obras do
estádio para a Copa e supostos pagamentos de propina a políticos e
autoridades, entre os quais estaria incluído o grupo de Sérgio Cabral,
ex-governador que segue na prisão, agora em Curitiba.
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