Com intervalo de 10 dias
da partida contra o Botafogo e o jogo da próxima quarta-feira, diante do
América-MG, em Belo Horizonte, o Flamengo passa por reuniões diárias para traçar
estratégias e diretrizes para a temporada de 2017.
A volta para a Libertadores vai
ter um autêntico vestibular. A Primeira Liga e o Campeonato Carioca serão
competições em que a garotada vai ser testada para ganhar espaço no time
principal. A prioridade, é claro, será o torneio continental – de resultados
frustrantes e eliminações precoces para o clube nas últimas participações.
Antes,
evidentemente, todo esforço é válido nos últimos quatro jogos do
Campeonato Brasileiro para evitar a fase de mata-mata antes da fase de
grupo da Libertadores.
Para colocar em prática
essa filosofia de valorização da base – desta vez, é o que garantem do Ninho do
Urubu até a Gávea, para valer -, o elenco será menor. O plantel do profissional
hoje tem 33 jogadores – contando quatro goleiros e outros jovens que tiveram
poucas oportunidades e que já treinam com o grupo principal de Zé Ricardo. O
número de atletas ainda está sendo discutido, mas deve ficar em torno de 28
jogadores.
Em 2016, havia
preocupação de contar com mais peças de reposição do que o habitual devido à
particularidade do ano de viagens constantes e jogos com pequeno intervalo de
recuperação entre estradas e aviões. Embora já haja sinais do “bye bye, Brasil”
versão 2017, nos encontros da comissão técnica, dos médicos e fisiologistas, o
departamento de futebol concluiu que um grupo mais enxuto, seguindo à risca a programação
e as precauções do Centro de Excelência em Performance, aguenta o desgaste da
temporada.
O técnico Zé Ricardo deixou escapar em coletiva de
imprensa recente ponta de frustração na utilização abaixo do esperado dos
garotos formados pelo clube – muitos deles foram campeões da Copinha deste ano.
Jogadores como Léo Duarte, que jogou no momento em que não havia outra opção
com a saída de Wallace e de César Martins, Ronaldo, Lucas Paquetá e Thiago
Santos atuaram pouco nesta temporada. As possíveis saídas de Juan, que pode se
aposentar, Emerson Sheik e Alan Patrick devem abrir espaço para a utilização dos
garotos.
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