Ao lado da esposa Roseli e dos dois filhos, Muricy está recluso e até amigos mais próximos evitam contato para "dar tempo" ao treinador, que não vem atendendo ligações e nem respondendo mensagens. O técnico ainda deve fazer mais exames e conversar novamente com Bernardino, médico que o atende desde o primeiro problema de saúde em São Paulo.
A situação, porém, provoca apreensão nos bastidores do futebol rubro-negro. Há um grande ponto de interrogação sobre a continuidade de Muricy no futebol e, ainda mais, neste momento de Flamengo, debaixo de forte pressão. Muricy chegou a comentar que estava muito satisfeito com a preocupação e o tratamento do presidente Eduardo Bandeira de Mello, do diretor de futebol Rodrigo Caetano e do chefe do departamento médico Márcio Tannure, em constante contato com o treinador.
Depois da internação, o treinador chegou a conversar normalmente com amigos já projetando o retorno ao clube. Após a derrota para o Fortaleza e a ebulição dos bastidores rubro-negros, com críticas internas, de dirigentes a jogadores, ao trabalho do treinador, os prognósticos de retorno ficaram suspensos - assim como os comentários mais otimistas dos amigos.
O ex-auxiliar e amigo Milton Cruz e Marco Aurélio Cunha, médico ex-dirigente do São Paulo, atualmente na seleção feminina de futebol, evitaram mais comentários. Apesar da preocupação, Cunha não via chances de Muricy se ausentar por muito tempo, mostrando tranquilidade com a recuperação.
- Falei com ele no dia (quarta-feira) que ele teve alta. Ele estava muito bem, já estava reclamando e para quem conhece o Muricy sabe o que isso quer dizer (risos). Estava tendo um campeonato de surfe em frente à casa dele, na praia da Barra, e ele estava reclamando que saiu do hospital para descansar em casa e estava uma barulheira danada - contou, bem-humorado, o ex-dirigente do São Paulo.
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