A pré-temporada de qualquer equipe começa com a realização
de uma série de exames. Mas neste ano, os jogadores do Flamengo se viram diante
de uma novidade. Nesta quinta-feira os atletas tiveram coletadas amostras de
DNA (código genético). O objetivo é formular treinos específicos e individuais,
respeitando as características de cada um, além de prevenir lesões.
O procedimento foi comandado por Márcio Tannure, chefe do
departamento médico do Flamengo, auxiliado pela empresa Biogenetika, responsável
pela coleta de 2ml da saliva de cada jogador. A partir deste material, o DNA é isolado
e, em seguida, é feito o mapeamento genético.
Emerson Sheik é submetido a coleta de DNA por meio da saliva na pré-temporada do Flamengo (Foto: Divulgação)
- Isso faz parte de uma nova metodologia de treinamento
desportivo no futebol, na qual acreditamos. Temos por meta implementar um
trabalho individualizado, no qual podemos ter o melhor de cada atleta em termos
de performance e prevenção de lesões. E o exame de perfil genético nos
possibilita individualizar o planejamento cada vez mais e montar um treinamento
não só de performance, mas também preventivo, através do DNA, que é o código
humano. Isso não é um sinônimo de vitória, mas quanto mais recursos a gente
tiver para controlar e dosar as cargas de treinamento, melhor - explicou Tannure.
Geneticista e diretora técnica do laboratório Biogenetika,
Lia Kubelka ressaltou que a análise do código genético significa identificar,
de certa forma, características do metabolismo de cada jogador.
Sheik, Alex Muralha e Guerrero ao lado do médico Márcio Tannure na coleta de DNA (Foto: Divulgação)
- Os marcadores genéticos identificam informações sobre
pré-disposições para lesões musculares, fibras musculares, composição corporal,
capacidade de recuperação física antes e após os treinamentos e jogos, entre
outros dados que ajudam a traçar um perfil das necessidades do corpo de cada
indivíduo - afirmou.
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