O secretário-geral da CBF, Walter Feldman (foto), explicou ao blog a posição da entidade de não oficializar a Liga Sul-Minas-Rio.
De acordo com o dirigente, a entidade pediu mais uma semana ao
diretor-executivo da liga, Alexandre Kalil, para resolver questões
relacionadas a direitos dos jogadores e para a convocação de uma
Assembleia Geral. Segundo Feldman, Kalil não aceitou as propostas.
Quanto à posição de integrantes da liga de seguir com a competição mesmo
sem o aval da CBF, Feldman qualificou a postura como "intransigente e
desnecessária". Kalil, por sua vez, criticou a entidade.
- Aconteceu uma longa reunião com o Kalil, pedimos mais duas salvaguardas para fazermos tudo direitinho, e o Kalil não aceitou. A CBF tem de preservar o caráter da sintonia do futebol brasileiro e tem de respeitar estatuto, elementos jurídicos, para incorporar a Copa Sul-Minas-Rio como oficial no calendário. Para isso teríamos de superar questões de direitos dos jogadores, que ainda não estão superadas, e não podemos oficializar sem apoio de uma Assembleia Geral. Não temos esse direito, esse poder. Só pedimos isso, para nos dar uma semana para superar esses dois impasses.
Questionado sobre quais seriam os direitos de jogadores que estariam contribuindo para o impasse, Feldman afirmou:
- Tem dois itens nos direitos dos jogadores, a pré-temporada, e o intervalo entre jogos que não está sendo respeitado pelo menos na primeira proposta de calendário. A gente pediu para conversar com a representação dos trabalhadores, e pedimos tempo para fazer uma assembleia para aprovação institucional da CBF. Não haveria nenhum problema porque a Liga Sul-Minas-Rio é semelhante à Copa do Nordeste. Mas aí ele não aceitou.
Apesar de ter citado a Copa do Nordeste, que não foi aprovada em Assembleia Geral da CBF, Feldman esclareceu que isso ocorreu por conta de um cenário diferente:
- Ela não foi porque não havia demanda por isso, e havia um acordo entre clubes, federações e CBF. Nesse caso, não existe. A gente precisaria superar esse impasse. Porque poderia ser retirado o apoio oficial, na medida em que qualquer presidente de federação poderia alegar que essa decisão é da assembleia, não da direção executiva da CBF. Queríamos superar essa questão para que a liga saísse lisa, mas ele não aceitou.
Ao ser avisado de que a intenção dos integrantes da Sul-Minas-Rio era de realizar a competição em 2016 mesmo sem a CBF, ele não hesitou:
- É uma posição intransigente e desnecessária. Estamos trabalhando para evitar os conflitos nos Estaduais, Copa do Brasil, Libertadores, direitos dos trabalhadores, uma competição não pode ser feita de uma hora para outra, precisa ser muito bem ajustada. Só isso que nós pedimos. Já que a CBF foi instada a ajudar na organização, nos deixem organizar.
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