O
presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, perdeu mais um
antigo aliado para a chapa de Wallim Vasconcellos na corrida
presidencial que acontecerá no fim deste ano. Vice-geral do clube, o
desembargador Walter D'Agostino conversou com o mandatário na noite de
segunda-feira e comunicou sua decisão. Além dele, Adalberto Ribeiro,
secretário do gabinete presidencial, também apoiará a chapa "Vencer,
vencer, vencer". Walter marcou presença no lançamento da candidatura de
Wallim na semana passada, mas ainda não havia declarado de que lado
estava.
- Acho que sofri mais eu em dar a notícia do que ele (Bandeira) em recebê-la. Não
tenho problema sério com ele, a única divergência é de dinâmica de
trabalho, a maneira de receber e fazer as coisas - declarou Walter ao GloboEsporte.com, mostrando carinho por Bandeira.
D'Agostino
segue o caminho do próprio Wallim, que era vice de patrimônio do clube,
de Rodolfo Landim, ex-vice de planejamento, e Gustavo Oliveira, ex-vice
de comunicação. A diferença é que, como vice geral eleito na Gávea, ele
não pode ser exonerado do cargo, como foram os demais. O cargo que ele
entregou foi a vice-presidência de patrimônio histórico, que assumiu por
nomeação, mas
Bandeira não aceitou e pediu que continuasse na pasta, cuja criação foi
ideia do próprio. Portanto, Walter seguirá nas duas funções.
D'Agostino
foi um dos dirigentes que esteve na apresentação de Emerson. Fred Luz e
Rodrigo Caetano também marcaram presença (Foto: Gilvan de Souza/Fla
Imagem)
Além de discordar da dinâmica de
trabalho de Bandeira, D'Agostino acha que o presidente tornou sua gestão
personalista e deixou um pouco de lado a essência de colegiado tão
falada pela Chapa Azul, concordando com os argumentos da chapa de Wallim. O vice geral também se diz a favor da alternância no poder.
- Não vamos fazer um trabalho diferente, mas talvez com outra ótica, outra
dinâmica mais condizente com os dias atuais, dias difíceis que o país
está vivendo. Apoiar o Wallim é apoiar o grupo que ele representa. Não
que eu não seja a favor do grupo que está com o Eduardo. Pelo contrário,
é um grupo de muito valor. Apenas acho que o Flamengo hoje precisa
dessas pessoas que fazem parte do grupo que o Wallim encabeça como
candidato. A maneira de querer gerir o Flamengo é a mesma dos dois
lados. Lamento que os dois não tenham se entendido, mas são coisas que a
vida nos oferece. Tive que me decidir entre ficar com um lado ou outro, e
escolhi aquele que considero melhor para o clube neste momento. Quero
ver o prosseguimento e a intensificação do sucesso que tivemos, e acho
que tem mais chance disso com o Wallim do que com o Eduardo.
D'Agostino
tentou minimizar o racha ocorrido na Chapa Azul, gerado após
divergências entre Bandeira e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, que entregou
a vice-presidência de marketing em fevereiro e agora faz parte da chapa
de Wallim.
- O Flamengo vive uma situação invejável, porque essa chapa do Wallim não é bem de oposição, é uma divisão dentro de um ideal, a Chapa Azul, que dá essa dimensão de responsabilidade fiscal e cidadã.
O vice geral de Bandeira disse que não pediu nenhuma vice-presidência à chapa de Wallim, mas se colocou à disposição caso precisem dele em alguma pasta. Acima de tudo, ele quer ser um "soldado para servir ao Flamengo". Quanto ao dia a dia com Bandeira, D'Agostino admitiu que pode haver certo constrangimento, por isso só irá às reuniões se for convocado.
- Posso continuar indo. Se eu entender que devo ir, vou. Mas é um pouco constrangedor que eu, fazendo parte do apoio a um candidato de oposição a ele, fique lá transitando. Se tiver alguma coisa da minha área de patrimônio histórico que ainda possa fazer, vou à reunião. Nunca faltei a uma reunião. Agora farei isso com mais parcimônia, vou esperar ser chamado. Eles podem contar comigo em qualquer circunstância, pois temos o mesmo ideal para o Flamengo - encerrou.
- O Flamengo vive uma situação invejável, porque essa chapa do Wallim não é bem de oposição, é uma divisão dentro de um ideal, a Chapa Azul, que dá essa dimensão de responsabilidade fiscal e cidadã.
O vice geral de Bandeira disse que não pediu nenhuma vice-presidência à chapa de Wallim, mas se colocou à disposição caso precisem dele em alguma pasta. Acima de tudo, ele quer ser um "soldado para servir ao Flamengo". Quanto ao dia a dia com Bandeira, D'Agostino admitiu que pode haver certo constrangimento, por isso só irá às reuniões se for convocado.
- Posso continuar indo. Se eu entender que devo ir, vou. Mas é um pouco constrangedor que eu, fazendo parte do apoio a um candidato de oposição a ele, fique lá transitando. Se tiver alguma coisa da minha área de patrimônio histórico que ainda possa fazer, vou à reunião. Nunca faltei a uma reunião. Agora farei isso com mais parcimônia, vou esperar ser chamado. Eles podem contar comigo em qualquer circunstância, pois temos o mesmo ideal para o Flamengo - encerrou.
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