A presidente Dilma Rousseff não aprovou por inteiro a Medida Provisória 671. Mas qual o motivo?
Segundo a De Prima apurou, a regulamentação de apostas pela internet
no Brasil não passou porque o governo acha que o cenário ainda é
prematuro. Ainda que exista o entendimento de que, de fato, seria
importante manter as receitas das apostas dentro das fronteiras do pais,
o Planalto não vê a devida preparação, por exemplo, para evitar o
surgimento de uma rede de manipulação de resultados no futebol. A ideia
de legalizar as apostas não foi bem digerida.
Sobre a estipulação de direito de Arena para os árbitros, o governo
entendeu que seria um precedente perigoso. A concessão de direito de
arena, por definição, é para aqueles que têm potencial atrativo de
público, o que não é um caso da arbitragem. Se essa alteração na
legislação tivesse passado, poderia haver uma onda de solicitações, por
exemplo, de direito de arena a médicos, gandulas, preparadores físicos,
etc.
Na visão do governo, alguns itens, como os dois citados, também não
passaram porque não houve uma discussão ampla sobre eles, diferentemente
do que aconteceu com os pontos centrais da MP, que são parcelamento e
contrapartidas.
Sobre a estipulação de um percentual de 10% como teto de pagamento
aos agentes de jogadores de futebol, o item foi retirado porque o
governo percebeu que estava recriando uma atividade banida pela Fifa.
Atualmente, está em vigor o Regulamento Nacional de Transferências da
CBF, que estipula atividade de intermediários, com regulamentações
específicas. A MP, com esse item, entraria em conflito com o RNT e a
Fifa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário