As
eleições que apontarão o presidente do Flamengo para o triênio
2016/2017/2018 serão realizadas apenas em dezembro, mas as peças do
xadrez político rubro-negro começam a se movimentar. São quatro
possíveis candidatos até o momento: correligionários em 2012, Eduardo
Bandeira de Mello e Wallim Vasconcellos se enfrentarão nas urnas. Além
deles, estão na disputa Cacau Cotta, vice-presidente do Fla-Gávea
durante a administração de Patrícia Amorim, e Lysias Itapicurú, que
concorreu em outras oportunidades. Wallim concederá entrevista coletiva
nesta terça-feira para abordar os planos da chapa "Vencer, vencer,
vencer".
O prazo para inscrição de chapas expira no dia 30 de
setembro. Apesar de ainda existir longo tempo até o pleito,
ex-presidentes e dirigentes influentes nos bastidores da Gávea começam a
analisar o panorama eleitoral da Gávea.
Kleber Leite,
mandatário do clube entre 1995 e 1999, disse que seu objetivo maior é
ver Luiz Eduardo Baptista e Flavio Godinho, vices de marketing e
relações externas respectivamente no início da atual administração,
unidos novamente. Os tratou como "cabeças iluminadas". Já o ex-vice de
futebol Marcos Braz preferiu evitar qualquer declaração oficial por
decoro em função de ser secretário municipal de Esportes e Lazer.
Márcio Braga
Presidente
do Flamengo por seis vezes, Márcio Braga não tem um lado definido no
pleito. Elogia a atual gestão no tocante à administração financeira. Em
contrapartida, a critica fortemente no tratamento dado ao futebol.
-
Vamos ver o que está acontecendo. É preciso fazer uma pesquisa não de
quantidade, mas de qualidade para saber o que está passando pela cabeça
do nosso eleitor, porque está me parecendo que, tendo a Chapa Azul se
rachado em duas, dá um espaço para uma terceira via. Time rachado não
ganha campeonato. Partido rachado não ganha eleição (risos). Esse
pessoal, sem sombra de dúvidas, foi bem naquilo que se propôs a fazer,
que era o ajuste financeiro da instituição. Agora, na parte política do
clube e no futebol não foram nada bem. Isso que precisa ser analisado
para ver como está a cabeça do nosso eleitor em relação a isso -
avaliou.
Márcio acredita que não apenas a situação está
rachada, mas também os principais opositores à ideologia do grupo que
venceu o pleito de 2012. Segundo ele, se muitas candidaturas forem
lançadas, os potenciais oponentes à atual gestão não terão quaisquer
aspirações no pleito.
- Do lado da oposição à Chapa Azul, a
gente ouve falar em tantos candidatos, tantas posições. Se essa terceira
via se racha e forma uma quarta, quinta ou sexta vias, também não há a
menor condição de ganhar. Mas tem tempo, porque só em setembro as chapas
serão inscritas.
Patricia
Antecessora
de Bandeira, Patrícia Amorim foi a mais neutra dos entrevistados.
Afirmou, inclusive, não se sentir pressionada a apoiar Cacau Cotta, um
de seus vices no triênio 2010/2011/2012. Por ter se sentido isolada no
pleito passado, no qual tentou a reeleição, julga ser cômodo para os
atuais postulantes procurá-la em busca de apoio.
- Não tenho
candidato por enquanto. Até porque não foi definido quem são os
candidatos. Converso com muita gente, muita mesmo. É muito dinâmico
isso, mas com certeza a pessoa que deve estar mais à vontade (nessas
eleições) sou eu. As pessoas estão sempre ligando (buscando apoio). Têm
umas coisas estranhas, uns grupos. Hoje a política do Flamengo é
dividida em grupos, e eu não concordo com isso. Sou Flamengo, não sou de
grupos. Fulano pode estar aqui ou estar lá, mas eu procuro ver no final
da história o que é melhor para o Flamengo. Grupo? Eu não concordo com
essa divisão. Cor disso, cor daquilo? Não penso assim.
Kleber Leite
Kleber
Leite garante ainda não ter seu apoio definido, mas é muito elogioso
quando fala no nome de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, ex-vice de
marketing do Flamengo e um dos fundadores da Chapa Azul. Bap é
considerado um dos líderes da "Chapa Vencer, vencer, vencer", cujo
candidato a presidência é Wallim Vasconcellos. Outro por quem tem grande
apreço é Flávio Godinho, também vanguarda no grupo que triunfou no
pleito passado e ex-vice. Uni-los novamente, aposta Kleber, é a chave
para um Rubro-Negro mais forte no próximo triênio.
- Eu tenho
profunda empatia por duas pessoas que compuseram e ajudaram a fundar a
Chapa Azul: Bap e Godinho. Esses dois são brilhantes, figuras geniais.
Só imagino para o Flamengo pessoas brilhantes e vamos conversar com um e
com o outro, porque é muito importante que os dois estejam inseridos no
mesmo contexto. É hora de brigar em torno de uma união e para que essas
duas pessoas retornem o mais rapidamente possível (para o mesmo lado).
Encontrar cabeças iluminadas não é fácil e nós temos duas - afirmou
Kleber.
Flavio Godinho
Kleber
prega a reaproximação dos dois, pois, nos corredores da Gávea, fala-se
que Godinho não descarta lançar candidatura ao lado do deputado estadual
pelo Ceará Gony Arruda, possibilidade tratada como "um terceiro "tom
azul". Esta, porém, é integralmente rechaçada por Godinho.
-
Afeganistão Azul? Era só o que me faltava! Com todo respeito à
qualificação e aos predicados dos representantes dos diversos tons de
azul, o Flamengo precisa mesmo é de união. Minha prioridade é esgotar os
esforços para unir as duas "chapas azuis", tendo em vista que a eleição
para valer é só em dezembro e muita água ainda vai passar debaixo da
ponte rubro-negra - metaforizou Godinho, falando ao GloboEsporte.com.
Hélio Ferraz
Presidente
que assumiu o clube após o impeachment de Edmundo Santos Silva em 2002,
Hélio Paulo Ferraz, o Helinho, disse ser muito prematuro para opinar.
- Ainda não tomei uma posição, não. É cedo. Eu, por exemplo, não sabia da chapa do Cacau. Depende ainda do número de postulantes. É preciso ver exatamente qual é o cenário - opinou Helinho, vice-presidente geral na administração de Patrícia Amorim.
- Ainda não tomei uma posição, não. É cedo. Eu, por exemplo, não sabia da chapa do Cacau. Depende ainda do número de postulantes. É preciso ver exatamente qual é o cenário - opinou Helinho, vice-presidente geral na administração de Patrícia Amorim.
jorge rodrigues
Jorge Rodrigues
Candidato
à presidência nas eleições passadas e homem de forte influência no
Flamengo há muitos anos, Jorge Rodrigues ainda não definiu se concorrerá
novamente ao cargo em dezembro. E garante que não tem um preferido caso
abra mão de se candidatar.
- A chance é muito pequena, de um para 99 (risos). Mas também não defini (se apoiará alguém).
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