A
eliminação na Copa do Brasil representa muito mais do que nova derrota
para o maior rival e suas consequentes gozações. Para o clube, significa
a redução das receitas com bilheteria e premiação, que fariam a
diferença no orçamento. Para o time, o adeus ao título mais palpável
este ano. O problema é que, a quatro meses do fim do ano, a temporada
não pode ser dada por encerrada. Por isso, ontem, em reunião de comissão
técnica, diretoria e jogadores, o recado foi dado: o time precisa
brigar pelo G-4 no Brasileiro.
— A gente teve conversa com os
jogadores no sentido de que temos uma responsabilidade em relação ao
ano. Fizemos uma análise do que passou este ano e colocamos para os
atletas a importância dos próximos 100 dias para o Flamengo, a
responsabilidade com o torcedor e com o sócio — comentou o diretor de
futebol Rodrigo Caetano.
Brigar
pelo G-4 resolveria dois problemas de uma vez. Evitaria o abatimento
típico dos times que não brigam por mais nada no ano e ainda manteria os
torcedores no estádio. Sem metas claras no Brasileiro, o Flamengo pode
sofrer com bilheteria e amargar prejuízos com os jogos no Maracanã, que
tem custos elevados.
— No Flamengo nada é meio. Temos um turno
inteiro pela frente e ganhamos o primeiro jogo (contra o São Paulo, no
domingo). A gente tem aspirações, sim, de brigar lá em cima e entrar no
G4. Tem muita coisa pela frente e a gente tem que ficar alerta com a
turma que vem de trás — completou o dirigente.
Os números no
Brasileiro até agora, no entanto, não são capazes de animar o torcedor.
Após 20 rodadas, o campeonato do Rubro-negro é marcado pela oscilação.
Melhorar o baixo aproveitamento (43,3%) será a primeira missão do
técnico Oswaldo de Oliveira.
— A gente vem oscilando. Então vamos
tentar realmente ter uma campanha muito mais consistente e segura no
segundo turno. É para isso que estamos trabalhando. A tristeza e
frustração (pela eliminação) pode ter certeza que são iguais às do nosso
torcedor. Mas o nosso luto não pode durar mais do que um dia —
filosofou Caetano.
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