O
Flamengo encaixou peças de habilidade em sua escalação e a
responsabilidade exclusiva de marcação e fechamento de espaços no
meio-campo tem um dono definido: Márcio Araújo. Caiu no colo do volante a
função defensiva para dar equilíbrio ao time. Com Guerrero, Sheik,
Ederson, Alan Patrick e Everton em um esboço de quinteto ofensivo,
Márcio admitiu ser o “carregador de piano” do Flamengo.
— Todos os
clubes sempre têm alguém para carregar o piano. A função exige chegar
na frente, chutar a gol, tem que evoluir, senão fica pra trás — ensinou o
versátil jogador, que chegou a ser constestado pela torcida, foi
barrado, mas logo voltou.
Mesmo
sem ser exuberante nas atuações, Márcio Araújo é cirúrgico em algumas
funções. A título de comparação, é o terceiro jogador que mais acerta
passes no elenco, atrás de Canteros e Wallace. Faz poucas faltas — o
sétimo da lista — e lidera as viradas de jogo. Mesmo assim, chegou a ser
perseguido por torcedores nas redes sociais quando Cristóvão escalava
três volantes.
— O treino é fechado, o torcedor só vai nos jogos,
talvez não entenda o que a gente vive. O treinador pede uma função
defensiva e talvez não seja lembrado. Mas não faz diferença, o
importante é ajudar a equipe — desabafou o volante, que diante do
Atlético-PR mostrou-se polivalente ao ser deslocado para o lado direito
para deixar Sheik livre do obrigação de acompanhar o lateral.
— Acabou sobrando para mim. Cumpri bem o papel, vale se sacrificar, mas prefiro mesmo é jogar centralizado — avisou o jogador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário