O Flamengo
apresenta nesta sexta-feira, às 12h, na Gávea, o seu novo camisa 10.
Ederson, que atua há dez anos na Europa, terá um desafio maior do que
vestir a camisa que já foi de Zico. Aos 29 anos, o meia-atacante volta
para se readaptar ao futebol brasileiro e chega sob desconfiança, após
duas lesões graves, em 2010 e 2014. Circunstância semelhante a que o
meia Carlos Eduardo chegou ao clube em 2013. Desde então, o clube deu a
camisa 10 para apostas que nunca vingaram, como Gabriel e Lucas Mugni.
-
Lesões complicam. Eu fiquei dois anos parado, voltei para o Brasil e
senti muito. O pessoal do Flamengo tem que ter um pouco de paciência com
ele, até pegar o ritmo demora um pouco mais, tem muitos anos na Europa.
Tive com ele na seleção e torço para dar certo no Flamengo. Ele pode
chegar e aos poucos, devagarinho, dar conta do recado – disse Cadu, em
contato com o Extra da Rússia, onde voltou a defender o Rubin Kazan.
Ederson
será apresentado, mas só deve treinar neste sábado, após exames
médicos. O jogador teve problema muscular nas duas coxas, já curados. Na
última temporada na Lazio, disputou apenas cinco partidas, por opção
técnica. Mesmo tendo se declarado ao Flamengo em redes sociais e
aceitado um salario abaixo do padrão europeu, Ederson vai enfrentar o
imediatismo que Carlos Eduardo e outros sofreram.
- Não é só a
dez, mas a camisa do Flamengo, o manto sagrado, a pressão é grande.
Tenho culpa porque não me preparei direito para encarar isso. Se tivesse
agora uma oportunidade, melhor tecnicamente, sem lesão, renderia
melhor. É difícil jogar no Flamengo, muito difícil. A torcida quer ver
título, vitória, a todo momento, sempre subindo, a pressão é muito
grande. Mas foi uma escola para mim, aprendi muito – avalia Carlos
Eduardo.
Para o meia, que conviveu com Ederson na seleção
brasileira sob o comando de Mano Menezes, o novo reforço precisará
readquirir a confiança para desempenhar o melhor futebol.
- Ele é
um jogador diferente, vai se acostumar, se entrosar no dia a dia, pegar
confiança, isso é o mais importante para o jogador. Se ele chegar e aos
poucos tiver a confiança do treinador, dos jogadores, aos poucos vai
conquistar a torcida e a tendência é crescer cada vez mais – prevê Cadu,
resumindo com a frase de Ronaldinho Gaúcho, o último grande camisa 10, o
que espera o novo contratado.
- Flamengo é Flamengo. A nação
gosta de vitória, de brigar por títulos, um grande clube como o Flamengo
tem que viver disso, grandes jogadores tem que sentir isso, tem que
jogar e sentir a pressão, as vezes é bom e as vezes é complicado, ruim.
Já estive com o Ederson na seleção e espero que ele consiga dar o máximo
e dar alegrias a torcida do Flamengo. Essa torcida merece tudo de bom –
finalizou o jogador.
O Flamengo ainda tem como meias Alan Patrick, Almir e Arthur Maia. Todos subaproveitados.
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