segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cáceres vê Flamengo bagunçado em casa e já admite dependência de Guerrero


Cáceres diz que ele e Jonas se complementam (Foto: Ivan Raupp)
Paolo Guerrero só fez um jogo pelo Flamengo - e que jogo: vitória por 2 a 1 com gol e assistência -, mas já foi o suficiente para que vá se configurando uma dependência do peruano no time. Essa é a opinião de muitos torcedores e também de Cáceres, que concedeu entrevista coletiva após o treino desta segunda-feira. O volante paraguaio, um dos poucos poupados das vaias na derrota de 3 a 0 para o Corinthians, que não contou com o peruano, admitiu que a equipe é outra com o atacante de referência em campo. Cáceres, por sinal, já tinha sido o único a falar com a imprensa na zona mista depois do revés de domingo. Sinal de que os demais jogadores continuam indispostos em dar explicações sobre o duelo.

- Pelo que se viu no jogo contra o Inter e no de ontem, creio que o Flamengo tem uma dependência muito dele. Ontem ficou difícil segurar a bola na frente, e o Guerrero faz muito bem isso. Quando ele for convocado para as Eliminatórias, quem entrar no lugar dele tem que tratar de fazer um bom jogo também. Acho que dá para segurar. No futebol a gente tem que se virar.

Tem ficado evidente a diferença entre as atuações do Flamengo em casa e fora de casa. Para Cáceres, o time não está conseguindo se organizar quando joga sob seus domínios.

- Quando jogamos em casa, estamos fazendo um jogo mais bagunçado do que como visitante. Como visitantes jogamos mais recuados. Em casa queremos sair para fazer o gol no primeiro minuto. Temos que tentar jogar em casa da mesma forma que fora, tranquilos, sem ansiedade para marcar gol.

Substituído no segundo tempo por Paulinho, o que gerou vaias a Cristóvão, Cáceres disse ter entendido a troca. Reserva antes da Copa América, ele afirmou ainda que voltou mais confiante do torneio, o que o ajudou a reconquistar a posição de titular. A seguir, veja mais trechos da coletiva concedida pelo paraguaio nesta segunda:

Vaias a Cristóvão quando o sacou para colocar Paulinho:
- Se foi assim, quer dizer que a torcida está me respeitando. Mas o técnico pode fazer a melhor escolha. Eu entendi a alteração, porque estávamos perdendo o jogo e ficamos mais ofensivos.

Volta da Copa América:
- Eu vinha treinando. Peguei um pouco mais de confiança na seleção. Estou me sentindo bem fisicamente, e isso é muito importante.

Jogar com Jonas:
- O Jonas me dá muito mais liberdade. Eu e Jonas nos complementamos bem. É verdade que gosto muito mais de jogar de primeiro volante do que de segundo. Mas nós nos complementamos.

Sentimento contra o Corinthians:
- Foi um sentimento de impotência. Eles foram superiores a nós, mas não muito. Ontem estávamos jogando muito bem até tomar o primeiro gol. Depois disso ficamos muito mais expostos. O Corinthians jogou recuado e marcando bem, saindo rápido para o ataque. Fizeram mais gols.

Jogar de zagueiro:
- Se ele (Cristóvão) me pedir, posso. Sempre falei que não gosto muito de jogar como zagueiro. Mas se tiver que jogar assim em alguma situação, sou jogar. Já joguei assim no Libertad-PAR e no Paraguai também. Sei jogar nessa posição, mas não gosto muito.

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