Às 16h17, Emerson
Sheik teve seu nome exibido no telão e anunciado pelo sistema de som do
Maracanã. Foi o único momento de explosão dos rubro-negros neste
sábado, o que mais se aproximou de um grito de gol. Ao festejar um a um
dos jogadores, a torcida voltou a levantar a voz para gritar "Ih, f..., o
Sheik apareceu" e o "Bonde do Mengão Sem Freio", funk que o estreante
da tarde cantou quando ainda defendia o Fluminense, em 2011, e acabou
motivando a sua demissão.
Com a bola no pé, os 36 anos em nada diminuíram a habitual disposição que já fora demonstrada no próprio Flamengo e posteriormente por Fluminense, Corinthians e Botafogo. Chutou duas vezes ao gol, pedalou, deu bons dribles e inverteu bolas com precisão. Carrinhos não faltaram e até chapéu aplicou, em Giovanni Augusto, aos 37 minutos. Incendiou a torcida e o time até sair o primeiro gol atleticano, que, segundo o camisa 11, aconteceu em momento no qual a equipe perdeu a organização.
- Eu saio triste, porque sei que parte desses torcedores veio me ver acreditando em uma vitória, e essa vitória não veio. Mas é importante também o torcedor saber que o grupo deu o melhor e que, em algum momento, desorganizou. Por isso, sofreu os gols. Mas ao longo da competição o time vai precisar deles (torcedores) - afirmou.
Números de Emerson contra o Galo: líder do time em finalizações e faltas recebidas (Foto: GloboEsporte.com)
- O campeonato, por mais que seja difícil e competitivo, é longo. Tem jogo atrás de jogo e possibilita uma reação. Estou extremamente tranquilo, porque, com uma semana no clube, vejo que tem um elenco qualificado e que certamente vai sair da zona de rebaixamento. Isso é certo como 10 e 10 são 20 - disse.
Elogiou ainda o elenco, mas salientou ser preciso emplacar uma série de vitórias. Destacou que é preciso mais resultados e menos palavras. E, para isso, na visão de Sheik, entregar-se mais é obrigatório.
Emerson Sheik deixou o Maracanã acompanhado dos filhos Emersonzinho e Henry (Foto: Fred Gomes)
- Competição extremamente difícil. É óbvio que a gente precisa trabalhar mais, identificar onde está errando. Tentar consertar o quanto antes, porque tem, sim, uma equipe qualificada, um treinador extremamente inteligente, que consegue enxergar os defeitos. Agora tem que ter um pouquinho mais de cada um, me incluindo naturalmente, para poder dar um passo à frente e parar um pouco de falar que a equipe é boa e mostrar em campo - falou.
Sheik foi um dos mais participativos do Flamengo na derrota para o Atlético-MG, no Maracanã (Foto: André Durão)
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