Cristóvão Borges conseguiu o que queria diante da Chapecoense, neste
sábado, no Maracanã. Ele passou a semana mirando o óbvio: "É preciso
vencer, porque só teremos tranquilidade com uma vitória, Tudo vai mudar a
partir do resultado positivo..." E o Rubro-Negro venceu. Foi só por 1 a
0, mas o suficiente para tirar um peso enorme das costas.
– Estávamos
precisando, não tínhamos vitória no campeonato, e isso não é campanha
para o Flamengo. (A vitória) vai dar mais tranquilidade para nós. E tudo
isso aconteceu porque precisávamos dar uma resposta. A equipe vinha se
empenhando, a torcida veio, deu força. Devemos parabenizar não só os
jogadores, mas a torcida também pelo apoio que foi dado – reconheceu.
A
tal tranquilidade que Cristóvão tanto esperava, segundo o próprio,
agora influenciará até mesmo no fechamento das negociações. O Flamengo
trata com vários jogadores, mas Emerson Sheik, ainda vinculado ao
Corinthians, e o palmeirense Ayrton (lateral-direito) podem ser
anunciados no decorrer da próxima semana. Perguntado se Sheik o agrada,
confirmou e mostrou confiança em acertos com outros nomes.
– Sim,
sim. A vitória veio, e a bola que era difícil para entrar, entrou. Aí a
negociação assim começa a dar certo. É assim na fase boa e na fase
difícil, para o bem e para o mal. Chegamos com sequência de jogos e com
pouco tempo para fazer alguma coisa, sem tempo para fazer trabalho
táticos. Essa vai ser a primeira semana livre, mas o mais importante foi
a vitória. Era difícil trabalhar sob pressão, cria-se uma ansiedade
muito grande. O comportamento foi muito bom em relação a isso. Talvez
não deem o mesmo peso à vitória pelo adversário, mas o Brasileiro não
tem distinção, porque todos os jogos são assim. Até os lideres têm
dificuldades. Uma vitória como essa significa muito, porque queríamos
mudar a situação, isso estava incomodando demais. A diretoria
está trabalhando bastante, com possibilidade de chegada de jogadores
para esta semana, o que melhora o ambiente também, os jogadores ficam
mais tranquilos. Era o tempo que precisávamos para respirar – disse,
aliviado.
Confira outros tópicos abordados por Cristóvão durante a coletiva.
Por que o time se preocupou mais em não perder após fazer 1 a 0?
Tudo
isso é compreensível. Vimos de uma sequência de resultados negativos, e
o desejo de parar (a sequência ruim) era muito grande. Saímos na
frente, o que é muito importante. Passamos a procurar a controlar o
jogo. Desde sempre sabíamos que o importante era a vitória. A entrega
foi muito grande nos últimos jogos, mas também para selar tudo isso é
preciso ganhar para poder dar tranquilidade.
Eduardo da Silva
Dependendo
da nossa necessidade, na nossa estratégia uma das funções dele era
jogar enfiado para prender zagueiros. Prendeu a bola, que não ficava
indo e voltando. Cumpriu bem a função, ajudou bastante a equipe. Uma
pena ele não fazer o gol.
Torcida
Fundamental
e decisiva sempre. Nós sabemos disso, e os adversários também. Temos
que fazer isso valer. Flamengo é briga, luta, vitórias e títulos.
Precisávamos de uma vitória. Pedimos, convocamos, e eles vieram. Jogaram
juntos e ficamos todos felizes.
Time versátil
Nosso
elenco ainda não é numeroso, e a importância de ter jogadores que façam
mais de uma função é muito grande. Temos vários jogadores assim.
Converso com todos eles e com o Jayme para saber quem joga em mais de
uma posição. Primeiramente, eles querem é jogar. Se puderem contribuir,
vão lá e jogam. O Luiz contribuiu bem na lateral, o Pará ajudou pela
esquerda também. Eles dois deram solidez à equipe.
Casos de corrupção na Fifa e na CBF
Eu
não sei quanto interfere (na cabeça dos jogadores), mas isso cria
expectativa para todos nós que trabalhamos no futebol. Quando acontece
esse tipo de coisa, dá esperança de que algo vai obrigatoriamente mudar.
Assim como ocorre na nossa política.
Brasil na Copa América
Dunga
começou muito bem, com resultados positivos. Teve alguns problemas de
lesão em relação à primeira convocação, mas acho que tem tudo para fazer
uma bela Copa América.
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