Vanderlei Luxemburgo fez uma análise fiel do Flamengo e do jogo
contra o Avaí, neste domingo, na Ressacada, pelo Brasileiro. Admitiu a
má atuação na derrota por 2 a 1. Disse que errou na escalação ao mandar a campo um "time pesado". E
mais: não culpou a arbitragem, que validou gol irregular de Hugo, pela
derrota.
Luxa foi além. Embora a má campanha - o Rubro-Negro
soma apenas um ponto em três rodadas e ocupa a 17ª posição, na zona do
rebaixamento -, disse que ainda é cedo para determinar qual será o
futuro do seu time no Brasileirão.
-
Claro que foi um resultado ruim. Quando começaríamos a ter espaços para
o contra-ataque, sofremos um gol irregular, e o planejamento foi para o
espaço. Fui reclamar com o quarto árbitro que a bola tinha saído. Ele
chamou o árbitro, que foi até mim dizer que eu não podia falar nada. Ele
disse que, se eu falasse, ia me botar para fora. É complicado isso,
ninguém mais pode conversar. Acho desnecessário. Tem que haver diálogo,
mas sempre com respeito - disse, para completar:
- Tive a minha parcela por colocar uma equipe um pouco mais pesada. Temos
que ter calma, sabemos o que estamos fazendo. É chato, ruim o Flamengo
não ganhar. Mas na quarta-feira já tem Copa do Brasil, então, é
continuar trabalhando forte e nos fechar ainda mais, e os resultados vão
começar a aparecer.
Por
time pesado, entenda-se: Marcelo no lugar de Bressan e Cáceres no de
Jonas. As trocas não surtiram efeito. Arthur Maia, Luiz Antonio e
Paulinho não conseguiram reverter a desvantagem. Até porque o segundo
gol de Hugo abateu o time.
Eram 16 minutos do segundo tempo
quando Nino paraíba foi à linha de fundo. A bola sobrou a Anderson
Lopes, porém, saiu. O auxiliar Anderson José de Moraes Coelho não
percebeu. Ela sobrou ao atacante, que fez o 2 a 1.
O Flamengo,
agora, volta as suas atenções a Copa do Brasil. Na quarta-feira, às 22h
(de Brasília), no Maracanã, recebe o Náutico, primeiro jogo da terceira
fase. Domingo, às 18h30 (de Brasília), diante do Fluminense, igualmente
no Maracanã, retoma o Brasileirão.
Confira a íntegra da entrevista coletiva:
Diálogo com arbitragem
Eu
já fiz muita bobagem. Mas uma coisa é ofender, outra é ter diálogo. É
uma distância grande. A gente não pode mais falar com os caras. Eu
perguntei: “Tem que ser soldado?”, e ele respondeu: “Tem que ser
soldado”. Quero apoiar a Comissão de Arbitragem, mas sem radicalizar. Os
árbitros pertencem ao jogo de futebol, não são um departamento isolado.
Derrota por erro da arbitragem?
Não
vamos colocar a culpa da derrota na arbitragem. Foi um gol irregular,
então, tem que falar. Mas não jogamos de maneira convincente para
merecer a vitória.
Flamengo vai brigar na zona da confusão?
É
precoce. Existe muitas equipes na mesma situação. Com certeza neste ano
o Flamengo não vai ficar na zona da confusão. É questão de encaixe.
Claro que tem que ter cobrança. Jogadores e eu temos que saber disso,
mas este ano vai ser diferente. Não vamos ficar na confusão.
Necessidade de contratações
Estamos
falando disso desde janeiro. Mas com contratações ou não, é esse time
que tem que jogar agora. O time está jogando mal, independentemente se
contratarem alguém ou não. Não se pode colocar essa desculpa de que não
contratamos. Precisamos melhorar o rendimento. Essa é a nossa realidade.
Estreia de Armero
Ele
tinha que começar a jogar. Ele estava há alguns anos fora do Brasil,
está há três ou quatro semanas aqui, e isso de alguma maneira
influencia. Sabíamos que eles iam explorar aquele lado, mas a derrota
não teve a ver com o Armero. Mas ainda está distante da atuação que
poderia ter.
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