O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, usou da
ironia para analisar a eliminação do Rubro-Negro e do Fluminense na semifinal
do Carioca e, consequentemente, a classificação de vasco e Botafogo para a decisão. O mandatário
não chegou a cravar que os resultados foram premeditados, mas nas entrelinhas
deixou claro o seu posicionamento: o comando da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj),
segundo ele, está satisfeito.
- Acho que quem tem que fazer a avaliação são vocês. Fatos
estão aí para a imprensa analisar. Fato é que Flamengo e Fluminense tiveram
perdas consideráveis nos tribunais e nas arbitragens. Se foi premeditado para
não chegarem à final, vocês têm que analisar. O que aconteceu a gente esperava,
mas sempre fica a esperança de chegar assim mesmo. Não conseguimos. É a final
que estava prevista, que a federação merece.
Sobre a derrota por 1 a 0 para o vasco, neste domingo, no
Maracanã, Bandeira questionou o pênalti marcado pelo árbitro Rodrigo Nunes de Sá
e também a decisão do juiz de não dar cartão amarelo para o atacante Gilberto
por comemorar com a torcida – ele já tinha recebido amarelo no primeiro tempo
por falta e deveria ter sido expulso.
- Sou suspeito para dizer, mas não vi ninguém que dissesse
que foi pênalti. Unanimidade que foi disputa normal, uma dividida, foi
absolutamente injusto. Mas não é a primeira, segunda, terceira, quarta, quinta,
quantos pênaltis mesmo? Sete ou oito. Aconteceu. Deveríamos estar preparados para
isso. Era um lance para cartão amarelo, foi assim com o Alecsandro, mas não
tinha dúvidas de que nada aconteceria. Surpresa zero. Disputamos o campeonato
em respeito a vocês, aos patrocinadores, direitos de televisão. Sabíamos que
isso poderia acontecer. Em 2016 será diferente.
A união entre Flamengo e Fluminense continua, e as
discussões por mudanças para 2016, segundo Bandeira, vão ser aprofundadas.
- Estamos estudando alternativas para 2016, pois
do jeito que está não dá para continuar. Se alguém gosta, eu não gosto. Alguma
coisa tem de ser feita, mas seria precipitado dizer o que vai ser. Mas não foi
por causa de hoje. Poderíamos passar. Seria difícil, mas poderia. Mas de
maneira nenhuma mudaria minha posição. Alguma coisa vai acontecer.
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