Às vésperas da semifinal do Carioca com o Vasco, domingo, às
16h, no Maracanã, o Flamengo sabe que, mesmo com os questionamentos ao
campeonato, ter mais um troféu na estante nunca é demais. Mas ser campeão não
esconderá as carências do time. Perder, invariavelmente, trará questionamentos
à tona, mas talvez não o suficiente para abalar os pilares que sustentam o futebol
rubro-negro na atual temporada e que servem como escudo para a diretoria, que
vive ano de eleições presidenciais. Vanderlei Luxemburgo, o diretor executivo
Rodrigo Caetano, o vice de futebol Alexandre Wrobel e o gerente Gabriel
Skinner são os principais responsáveis por tocar o carro-chefe do Flamengo,
o futebol.
Internamente,
Vanderlei Luxemburgo já deixou claro, por
diversas vezes, a necessidade de reforços para o Brasileirão. Mas, para
isso, diretoria e departamento de finanças fazem uma análise minuciosa, o
que trava
algumas negociações e não permite gastos milionários.
- A gente conversa diariamente (futebol). Nós temos o processo das
contratações, que é muito claro. Tem o envolvimento também do CEO, que é o Fred
Luz, e do departamento financeiro. O processo de contratação do Flamengo requer
uma análise profunda, mas basicamente passa pela avaliação técnica do
Vanderlei. O que a gente procura é agilizar isso, porque o futebol necessita
disso. E tentamos, dentro das nossas possibilidades, manter o sigilo. Não é que
sejamos contrários ao trabalho da imprensa, mas muitas vezes o sigilo pode
estabelecer um desfecho positivo. Caso contrário, não. Poderia citar outros
profissionais que ajudam muito. Nossa conversa diária faz com que a gente tenha
um ótimo entendimento - afirmou Rodrigo Caetano.
O diretor executivo, que se juntou a Vanderlei, Wrobel e Skinner na
atual temporada, agradece aos companheiros pela recepção que teve no clube e comenta sua atuação junto a eles.
- Passaram rapidamente esses quatro meses e meio de Flamengo.
Como fui, de todos esses, o que chegou por último, meu trabalho foi muito
facilitado até aqui por contar com uma equipe de trabalho muito boa, com
pessoas de muito boa índole, de caráter, e que até o presente momento conhecem
mais o Flamengo do que eu. Me facilitaram muito. Para ser mais justo, diria que
não são somente esses. Temos uma equipe grande que nos dá suporte. Mas o fato
de terem me recebido bem e colaborado fez com que as coisas andassem bem até
agora.
Funções e atuações
Funções e atuações
Com sua personalidade forte, Luxemburgo não tem receio de se expor
e acaba servindo de proteção para a diretoria. Rodrigo, além das questões do
dia a dia - ele, por exemplo, conseguiu aumento para integrantes fixos da comissão técnica
que estavam com salários defasados -, é o principal elo entre Ninho do Urubu e
Gávea e faz o trato diário com elenco e negociações; Wrobel - único do
quarteto que não tem cargo remunerado - acompanha essas possibilidades de mercado; Skinner está in
loco do Ninho.
-
Dentre várias atribuições do dia a dia do departamento, a
mais importante é ser o facilitador do trabalho dos atletas, técnico e
membros
da comissão técnica. Luxemburgo, com toda sua experiência, ajuda muito
em todas
as áreas do departamento. Não precisamos comentar a parte técnica, sua
personalidade
e seu comportamento facilitam muito o trabalho da diretoria. Rodrigo
Caetano é
o elo de ligação entre o departamento e diretoria, apresentando e
brigando
pelas melhorias que se façam necessárias para o futebol. Responsável por
todo o departamento (base e profissional), cuida do orçamento e procura
qualificar o grupo dentro de um planejamento traçado
anteriormente. Wrobel, junto com o
Rodrigo, é a pessoa que negocia as contratações, está em contato direto
com o presidente e vice-presidências, relatando e discutindo os pontos
importantes que são passados pelo diretor e que são de alta importância
para o
andamento do trabalho - disse Gabriel Skinner.
O
futebol rubro-negro vive dias de calmaria, sem casos de indisciplina.
Para o Brasileirão, o desejo é ter um jogador de qualidade e nome no
meio-campo, um grande reforço, e sempre passando pelo crivo do corpo
diretor da Gávea. Mas o pensamento do momento é a conquista do Carioca. O
Fla precisa de um empate para avançar diante do Vasco no fim de semana.
- O sucesso de tudo no
futebol está diretamente ligado às vitórias e aos títulos. Hoje, o departamento vive um momento tranquilo, mas não podemos nos
iludir e principalmente nos acomodar, afinal, como conhecemos bem o Flamengo,
uma derrota e uma perda de título podem colocar todo esse trabalho sob questionamento - completou o gerente de futebol.
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