sábado, 11 de abril de 2015

Flamengo inicia obras na Gávea e já vira 'cantinho' dos EUA para Rio-2016

Bandeira de Mello e Póvoa (ao centro) com membros do Comitê Olímpico dos EUA
Bandeira de Mello e Póvoa (ao centro) com membros do Comitê Olímpico dos EUA

O Flamengo já respira o clima dos Jogos Rio-2016. O clube firmou contrato com o Comitê Olímpico dos Estados Unidos e a sede da Gávea será o centro de treinamento dos atletas norte-americanos de julho a setembro do próximo ano - período que envolve preparação, Olimpíadas e Paralimpíadas. O Rubro-negro iniciou as obras no centro de lutas nos últimos dias. A conclusão de todo o projeto está prevista para o fim de 2015.

O investimento dos estadunidenses no clube carioca é de US$ 1,2 milhão (R$ 3,7 milhões em valores atuais). O montante contempla as reformas dos ginásios, obras complementares e uma espécie de intercâmbio entre atletas para troca de experiências. Ao assinar o acordo, o Rubro-negro não apenas exigiu melhorias nas instalações, como acesso ao "know-how" dos americanos nos esportes olímpicos.


O ginásio Hélio Maurício teve os vestiários reformados, ganhou nova iluminação e foi a primeira obra entregue. O local será utilizado preferencialmente para os treinos dos times de basquete. Já o ginásio Togo Soares será concluído no fim de abril e contará com treinos de vôlei e handball. O destaque da reforma é a parte visual.

Nos últimos dias, as obras no centro de lutas foram iniciadas. O espaço será ampliado e deve ser concluído no prazo de até três meses. No local, funcionava o judô do Flamengo. No acordo firmado ainda na administração Patrícia Amorim não estava incluída a utilização do ginásio Cláudio Coutinho, atingido por um incêndio em novembro de 2012. O compromisso foi reavaliado e a nova perspectiva empolgou os dirigentes.

"O Comitê dos Estados Unidos se interessou pelo ginásio e vai utilizá-lo para a ginástica artística. É mais uma iniciativa deles e com apoio financeiro. Com isso, teremos um espaço mais moderno, talvez o melhor do Brasil em curto espaço de tempo. O investimento é fundamental. Todo o clube passa por melhorias. As quadras descobertas ganharão cobertura e funcionarão como locais de aquecimento. O campo do futebol profissional também está no contrato para atender a equipe de rugby. Tudo ficará pronto no fim deste ano", explicou o vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa.

Apesar do acordo, a administração do presidente Eduardo Bandeira de Mello não permitiu a exclusividade da sede da Gávea para os norte-americanos. A prioridade será dos visitantes para os treinos. Entretanto, os sócios utilizarão as instalações normalmente nos outros horários.

O parque aquático não faz parte do contrato. O Flamengo está liberado para procurar delegações interessadas em utilizar o espaço para treinamento durante os Jogos Olímpicos de 2016. Porém, os estadunidenses têm a possibilidade de igualar ou superar uma possível proposta para também alugar o local no período determinado.

Torcida Fla-USA

Além das reformas para receber astros como LeBron James e do intercâmbio para formação e treinamento de atletas, Flamengo e Comitê Olímpico dos Estados Unidos querem interligar forças para a divulgação das respectivas marcas. A torcida "Fla-USA" será criada para apoiar os visitantes nas Olimpíadas, assim como os norte-americanos se comprometeram a divulgar a marca Flamengo nos Estados Unidos e a promover visitas dos rubro-negros.

"É muito mais do que um contrato. Funciona como uma parceria e trocamos ideias de forma direta. Vamos receber a maior comitiva olímpica do mundo. A ideia é a de que o Flamengo fique associado ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos no Brasil e no exterior. É gerar essa simpatia instantânea. O marketing é absolutamente positivo. Uma espécie de Fla-USA será criada para deixá-los absolutamente em casa. O acordo funciona muito em torno disso. É uma forma de crescimento fundamental", encerrou Alexandre Póvoa.

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