O
sonho do Flamengo de retornar à disputa da Superliga de vôlei masculino
após 19 anos ausente começa a ganhar forma. Em encontro última
sexta-feira, dirigentes rubro-negros e diretores da Universidade Federal
de Juiz de Fora (UFJF) demonstraram interesse na formação de uma
parceria e estreitaram relações para caminhar ao desfecho positivo. A
intenção dos lados foi confirmada pelo diretor-técnico de vôlei mineiro,
Maurício Bara.
- O que eu posso dizer é que a coisa está
embrionária, mas, realmente, conversamos. A ideia surgiu, mas temos que
aguardar os trâmites internos para darmos os próximos passos. Não há
nada fechado, longe disso. Faltam detalhes com a CBV, que precisa dar o
aval burocrático, se ela vai aceitar isso e também os demais clubes. É
uma situação que nos interessa muito e gera uma ansiedade muito grande.
Considero a conversa com o Flamengo como positiva - admitiu Bara.
Com
o nono lugar na última disputa, uma posição abaixo da vaga
classificatória aos playoffs, o Juiz de Fora tem assegurada sua
participação na edição 2015/2016. Caso o Flamengo queira se associar ao
clube já existente, não terá qualquer impedimento por parte da CBV ou
outro adversário.
- A CBV não tem ingerência neste tipo de
acordo. Se o Flamengo se juntar com um clube que já está participando da
Superliga, o acordo passa a ser do Flamengo com um desses clubes. Por
exemplo, tem saído na mídia que Taubaté e São Paulo estão fazendo um
acordo, isso é um acordo entre eles, não tem nada a ver com a CBV -
explicou o diretor de competições da CBV, Radamés Lattari, antes da oficialização do acordo entre os paulistas.
Em
uma reunião avaliativa sobre prós e contras da última Superliga, que
acontecerá no próximo dia 6 de maio, a intenção dos clubes é apresentar a
ideia à CBV e demais candidatos. Porém, alguns pontos precisarão ser
definidos entre cariocas e mineiros até lá, entre eles onde as partidas
serão mandadas.
- O tempo é inimigo, mas nossa vontade é ter
essa parceria para a próxima Superliga. Ainda não conversamos sobre
detalhes, mas o projeto de Juiz de Fora é muito importante para cá e
sair de Juiz de Fora seria como morrer. A hipótese de deixar de jogar
aqui não passa pela nossa cabeça - disse Bara, que por conta das
conversas com o Flamengo ainda não está negociando com nenhum atleta e
sequer tem o orçamento da equipe.
O
Juiz de Fora, que atua com uniforme vermelho e preto, tem a intenção de
mandar seus jogos na cidade mineira, mas utilizando o uniforme do
Flamengo na próxima edição da Superliga (Foto: Solon Queiroz / Montes
Claros Vôlei)
Além da formação de um time
masculino, o projeto também busca a criação do feminino, que só poderia
disputar a Superliga B (segunda divisão) da temporada 16/17, já que a
UFJF não tem equipe.
Procurada pela reportagem do
GloboEsporte.com para abordar maiores detalhes da parceria, a diretoria
do Flamengo, através da sua assessoria de imprensa, informou que nada
será anunciado enquanto não for oficial. No último sábado, o vice-presidente de esportes olímpicos do clube se mostrou otimista.
Caso
o Rubro-Negro retorne ao torneio, ele será o terceiro clube de camisa
na disputa. O atual campeão Cruzeiro e o São Paulo são os outros dois.
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