Mais uma polêmica envolvendo a Federação de Futebol do Estado
do Rio de Janeiro (Ferj) surgiu nesta quinta-feira. Árbitro da vitória
do Flamengo por 1 a 0 diante do Corinthians, na última quarta-feira,
pela Copa do Brasil Sub-17, Alexandre Vargas Tavares de Jesus relatou
que um assessor da Federação, identificado como Mário Jorge, tentou
fraudar a súmula da partida que garantiu o Rubro-Negro nas semifinais da
competição. Segundo o relato, o assessor queria trocar o cartão amarelo
recebido supostamente por seu filho, do Flamengo, e que fosse
transferido para outro jogador, evitando uma possível suspensão.
"Antes de iniciar a partida, o assessor de arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, identificado como senhor Mário Jorge, entrou no vestiário da arbitragem, sem que fosse convidado, imediatamente solicitei que se retirasse do recinto e ele assim o fez. Porém, após o término da partida, este mesmo senhor entrou novamente no vestiário da arbitragem, sem que fosse convidado e para a surpresa deste quarteto, solicitou que retirássemos a advertência dada para o atleta de número 6 do cr Flamengo, senhor Théo Maia Marques de Oliveira, e colocássemos para o atleta de número 5, senhor Rafael Santos de Sousa, alegando que o atleta advertido fosse seu filho e que estaria suspenso com o cartão recebido", relatou o árbitro, que prosseguiu:
"Antes de iniciar a partida, o assessor de arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, identificado como senhor Mário Jorge, entrou no vestiário da arbitragem, sem que fosse convidado, imediatamente solicitei que se retirasse do recinto e ele assim o fez. Porém, após o término da partida, este mesmo senhor entrou novamente no vestiário da arbitragem, sem que fosse convidado e para a surpresa deste quarteto, solicitou que retirássemos a advertência dada para o atleta de número 6 do cr Flamengo, senhor Théo Maia Marques de Oliveira, e colocássemos para o atleta de número 5, senhor Rafael Santos de Sousa, alegando que o atleta advertido fosse seu filho e que estaria suspenso com o cartão recebido", relatou o árbitro, que prosseguiu:
"Convém
destacar que todos os membros desse quarteto presenciaram tal atitude.
Além de ter solicitado verbalmente, este assessor entregou um bilhete
descrevendo o pedido para a troca de advertências. Informo que o bilhete
está em meu poder e enviarei para as autoridades competentes para ser
anexado a esta súmula".
O LANCE! entrou em
contato com a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva
(STJD), que informou que já recebeu a súmula e vai analisá-la para
definir os artigos e denunciar o assessor da Ferj.
O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, se espantou com o caso.
-
Nunca tinha visto um negócio desse nesses anos todos de arbitragem.
Apitei 20 anos e estou na comissão há tempo. Nunca vi isso. O pior é que
teve até um bilhete. Ainda não falei com a Ferj por causa do feriado,
mas acredito que, com a comprovação, o afastamento deva ser algo
automático. Mas vamos deixar para o tribunal cuidar do caso - disse
Corrêa.
Na mesma súmula, o árbitro ainda relatou que "após as
expulsões relatadas, quando tudo já estava contornado, surgiu sem que eu
soubesse de onde e como, um senhor negro usando uma camisa pólo branca
com o emblema da equipe visitante, chegou em nossa direção e proferiu as
seguintes palavras: você vai morrer aqui no sub-17. Vai morrer aqui!
Filho da p***!".
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