Um fantasma que já atrapalhou, e muito, os planos do
Flamengo na temporada passada está assustando ainda mais Vanderlei Luxemburgo
neste início de 2015: as lesões. Apontado internamente como determinante para
eliminação na semifinal da Copa do Brasil, diante do Atlético-MG, quando Léo
Moura e Gabriel ficaram fora por problemas musculares e Everton jogou sem estar
100%, os problemas médicos acontecem em grande escala neste início de ano:
foram dez em 12 partidas.
Para o duelo contra o Tigres do Brasil, neste sábado, em Los
Larios, pela décima rodada do Carioca, Samir, Nixon, Arthur Maia, César e
Everton não estão à disposição de Vanderlei Luxemburgo. A lista de 2015 conta
ainda com Gabriel, Léo Moura, Paulo Victor e Anderson Pico, duas vezes - todos
já recuperados. Dos 11 titulares que venceram o São Paulo na decisão do torneio
de Manaus e iniciaram o Carioca, contra o Macaé, quatro estão fora de combate.
Questionado sobre o excesso de ocorrências, o chefe do
departamento médico rubro-negro, José Luis Runco, tratou com naturalidade
diante do apertado calendário nacional.
- Se fizer uma estatística com os outros clubes, o nosso
número ainda é baixo. Isso é por conta da demanda de jogos, desgaste físico, emocional...
A prevenção acontece nos treinamentos, mas são coisas do futebol.
Apesar dos problemas, Runco chegou na sala de entrevistas do
Ninho do Urubu com boas notícias. Anderson Pico, que tinha suspeita de fratura
no dedão do pé direito, sofreu apenas um trauma e está liberado para enfrentar
o Tigres. Dos cinco que seguem no DM, três voltam a trabalhar normalmente no
início da semana que vem.
- Se contar uma semana, contam três jogos. Se fizer essa conta por
jogo, estou morto. Temos que saber lidar com isso. O Arthur sente dificuldade
para fazer todos os movimentos. Enquanto for assim, não pode ser liberado. Está
treinando com o Everton na sala de musculação e será liberado para o campo na
segunda, assim como o César.
Prejudicado na armação da equipe, Vanderlei Luxemburgo
apresentou discurso alinhado com Runco. Apesar de admitir que vive um momento único na carreira, tentou se mostrar resignado.
- É ser humano, não é máquina. Máquina quebra, imagina o ser
humano? São coisas que acontecem, não quer dizer que vai acontecer sempre. Tive
jogador quebrado como nunca tive na minha vida. O Paulo Victor quebra aqui,
quebra ali... É futebol.
Nixon e Samir fora por longo período
Dos problemas apresentados Samir e Nixon são os mais graves.
O zagueiro sofreu lesão na coxa direita na derrota para o Botafogo, há quase
duas semanas, e ainda não tem previsão para voltar. Runco tratou de desvincular
o caso com os que tiraram o jovem de vários jogos na temporada passada e pediu
paciência.
- No ano passado, o problema foi na coxa esquerda e agora é
na direita. Vai levar tempo, vai ficar um período parado, mas vai recuperar.
Já o atacante passará por uma cirurgia no joelho esquerdo
nesta sexta-feira e a previsão é de que seja liberado para comissão técnica
somente em 40 dias. O médico rubro-negro explicou o processo e o que causou a
lesão.
- Nixon vinha apresentando há algum tempo dores no tendão
patelar, na parte da frente do joelho. Foi feita uma sequência de tratamento,
fortalecimento, mas no movimento de rotação continuava o incômodo. É uma coisa
que chamamos de sequela do crescimento. O tendão se prende ao osso e causa a
dor. Está incomodando, não conseguimos resolver com o tratamento conservador e
vamos fazer a cirurgia.
Desde a pré-temporada, Nixon já se queixava de
dores nos joelhos. Em Atibaia e Manaus, a comissão técnica o poupou de diversas
atividades para fazer trabalhos preventivos, que não foram suficientes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário