As eleições do Flamengo serão só no final do ano, mas desde já a
política do clube promete esquentar. Principalmente por causa de Luiz
Eduardo Baptista, o Bap. Um dos nomes mais fortes nos bastidores
rubro-negros, o ex-vice-presidente de marketing confirmou que irá voltar
em cena no próximo pleito, conforme havia revelado em conversas no camarote da "Quem"
durante o desfile das escolas de samba no carnaval, em fevereiro. Só
que sem Eduardo Bandeira de Mello. Em entrevista à página "Magia Rubro
Negra", no Facebook, ele anunciou o rompimento e disse que poderá ser
até oposição caso o atual presidente tenta a reeleição.
- Eu
vou participar do processo eleitoral do Flamengo, sim. Fazer oposição ao
grupo ou processo que montamos eu não vou. Agora, o Eduardo (Bandeira
de Mello) não vai ser o candidato do que eu acredito que seja o momento
ideal para o Flamengo. A pergunta se ele sairia como candidato sem o
apoio daquele grupo que idealizou tudo isso deveria ser feita a ele. Se
ele resolver de alguma maneira se candidatar por algum outro grupo que
não aquele que eu idealizei, escrevi o programa e sei quem são os
membros natos, eventualmente ele vai bater chapa contra a gente. E não é
contra o Eduardo, é contra o modelo, contra o momento. Acredito que
fizemos uma trajetória importante durante dois anos, fizemos muito do
que planejamos, mas tínhamos objetivos muito mais ambiciosos. E como
tudo na vida você tem que escolher as peças certas para o momento que
você acha adequado. E na minha opinião, o Eduardo não seria o candidato
para o segundo mandato para esse grupo que eu idealizei - afirmou.
Bap
aproveitou para dizer que sua saída do clube, anunciada no início de
fevereiro, não foi só por causa da briga do Flamengo com a Federação de
Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), em relação à polêmica dos
preços dos ingressos para o Campeonato Carioca - o ex-dirigente foi um
dos defensores mais ferrenhos do programa de sócio-torcedor "Nação
Rubro-Negra" e defendia valores mais elevados, possibilitando descontos
aos sócios rubro-negros. Ele alega que a forma como o processo foi
conduzido pelo departamento jurídico, sem consulta às outras pastas do
clube, foi a "gota d'água" de uma relação que já vinha se desgastando nos últimos anos. Mas garante que não deixou de ajudar a instituição, embora planeje mudanças para evitar "mais do mesmo" no próximo mandato.
-
Saí do Flamengo, mas o Flamengo não saiu de mim. Ajudei muito antes de
fazer parte da gestão, continuo ajudando depois que saí nos projetos que
estavam direta ou indiretamente ligados a contatos meus. A minha saída
foi porque entendi não querer participar mais de um modelo que não era o
que foi me proposto lá atrás. Na minha visão, o que é combinado não é
caro. Eu acredito que os incomodados têm que se mudar. Eu mudei, tenho
uma visão diferente de Flamengo, respeito a visão dos outros, não
considero pessoas como adversárias, mas entendo que elas pensam muito
diferente e não vou me afastar um milímetro do que idealizei para o
Flamengo há quatro anos. Não entrei no Flamengo para fazer amigos, mas
para fazer o Flamengo vencedor em absolutamente tudo. Mais do mesmo nos
próximos três anos não vai levar o Flamengo a ser tão grande como eu e
outros colegas idealizamos - criticou, citando como exe
mplo o projeto
para a construção do estádio do Fla.
- Alguém acredita que
conversando e fazendo reunião com prefeito e governador isso vai sair? É
como acreditar em Papai Noel, em coelho da Páscoa.
Bap, porém, não revelou que nome irá apoiar como candidato à
presidência do Flamengo. Mas disse que Wallim Vasconcelos, ex-vice
presidente de futebol rubro-negro que renunciou ao cargo em junho do ano passado,
está sempre com ele e deu a entender que os dois voltarão juntos.
Questionado sobre Flávio Godinho, ex-vice-presidente de relações
externas do clube em 2013, disse ainda não saber se estará com ele.
-
Tem muita água para correr debaixo da ponte, mas (nome ideal) seria
principalmente alguém que concordasse com os princípios e acreditasse
nisso. Já estou vacinado no Flamengo em relação a gente que fala que
concorda, mas fala uma coisa e faz outra.
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