Pará tem pouco mais de dois meses no Flamengo. Período
suficiente para uma relação bem mais intensa do que o próprio poderia imaginar
quando trocou o Grêmio pelo Rubro-Negro. De sombra de Léo Moura, passou a ser a
única opção para lateral direita, em processo que incluiu vaias, assistências e
gol. Gol marcado justamente contra o rival desta quarta-feira: o Brasil de
Pelotas, às 22h (de Brasília), no Maracanã, pela primeira fase da Copa do
Brasil. O jogador de 29 anos entra em campo como dono absoluto da posição, mas
com as palavras o discurso contém o mesmo pé no chão com que trata o adversário
gaúcho .
Se prega foco no Brasil de Pelotas e deixa o clássico com o vasco, domingo, para depois, Pará adota a mesma linha para analisar sua
condição no elenco rubro-negro. Por mais que tenha o prestígio de quem chegou
indicado por Vanderlei Luxemburgo e está sem reserva de ofício na lateral
direita, ele lembra as boas participações recentes de Luiz Antonio no setor:
- O professor Luxemburgo falou que quer um grupo com jogadores
que possam fazer mais de uma função. A minha função de origem é
lateral-direito, mas também posso jogar na lateral esquerda e volante. O Luiz
Antonio faz mais de uma função. As coisas estão acontecendo naturalmente. Os
jogadores têm que estar preparados. Se um dia acontecer algo comigo, de
suspensão ou lesão, e espero que não aconteça, o Luiz vai estar preparado para
me substituir.
Pará garante que a saída de Leonardo Moura para o futebol
dos Estados Unidos em nada alterou sua postura no dia a dia do clube. Otimista
e ambicioso ao falar do futuro, o lateral repete a
seriedade que mostra em campo.
- Estou procurando meu espaço. Desde que cheguei aqui estou
trabalhando com muita seriedade, esperando minhas oportunidades, e graças a
Deus estou tendo essas chances e procurando aproveitá-las. Estamos no início do
trabalho, no início do ano. Espero poder alcançar todos os meus objetivos no
clube, vitórias, títulos. Quero fazer história no Flamengo também.
O jogador falou ainda sobre o desempenho do setor defensivo
do Flamengo no Carioca. Com sete gols sofridos, é a quarta menos vazada.
- A gente tem que ir pelo lado da conversa. A gente não tem
tido tempo para trabalhar, é jogo quarta e domingo direto. Em campo tem que
conversar bastante, orientar o companheiro, na base da conversa. Os jogadores
estão ali para dar o melhor. O Bressan está aproveitando a oportunidade na
ausência do Samir.
Com Pará na lateral direita, o Flamengo encara o Brasil de
Pelotas na quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Maracanã, e pode empatar para
avançar na Copa do Brasil. Derrota por 1 a 0 também classifica o Rubro-Negro
por ter marcado dois gols fora de casa. O vencedor do confronto terá
Salgueiro-PE ou Piauí pela frente.
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