O imbróglio entre Flamengo e Liga Nacional de Basquete está longe de
acabar. Se na quinta-feira a entidade emitiu nota oficial dizendo que
não tem qualquer perseguição ao clube, mas que o vice-presidente de
esportes olímpicos do rubro-negro, Alexandre Póvia, falta com a veracidade dos fatos,
neste sábado foi a vez dos cariocas responderem à entidade. A polêmica
ainda é acerca do jogo entre Flamengo e Pinheiros, marcado para o dia 25
de novembro do ano passado pelo NBB 7 e adiado após a interdição do
ginásio do Tijuca pelo Ministério Público. O time da Gávea foi
responsabilizado, perdeu os pontos do jogo que não aconteceu e ainda foi
multado.
Jogo entre Flamengo e Pinheiros acabou adiado no ano passado (Foto: Danielle Rocha)
No
vai e vem de farpas, desta vez foi o Flamengo quem contra-atacou. Em
nota oficial divulgada neste sábado e assinada pelo presidente Eduardo
Bandeira de Mello, o rubro-negro diz que a Liga Nacional de Basquete é
astuta ao querer dividir a diretoria, opinião pública e torcida ao
centrar suas críticas em cima de Alexandre Póvoa. Diz ainda que posição
da entidade foi grosseira e ofensiva. Além disso, garante que a Liga
Nacional de Basquete omite sua responsabilidade quanto aos mandos de
quadra dos clubes e que não exige os laudos de todos os ginásios, o que
seria uma afronta ao Estatuto do Torcedor.
- Nos causa estranheza que a Liga Nacional de Basquete considere equânime
denunciar um filiado e não denunciar o outro. Vale lembrar que no dia 6
de novembro de 2014, a partida entre Bauru e Basquete Cearense, válida
pelo NBB7, teve que ser suspensa e realizada no dia seguinte, devido aos
sérios problemas de goteiras no ginásio "Panela de Pressão" - diz a nota.
Leia a nota do Flamengo na íntegra:
O Clube de Regatas do Flamengo vem a público responder à nota publicada pela Liga Nacional de Basquete com críticas que julgamos injustificadas, fora de proporção e de lamentável falta de educação em relação às decisões tomadas em conjunto pelo Conselho Gestor e pela Vice-Presidência de Esportes Olímpicos do C.R. Flamengo.
O C.R. Flamengo considera que a referida nota é ofensiva ao clube e especialmente grosseira com o nosso vice-presidente de Esportes Olímpicos, Alexandre Póvoa, que em suas notas apenas espelha a opinião fartamente discutida no Conselho Diretor do C.R. Flamengo, tendo total autonomia para exprimi-la. Tanto que assina as duas comunicações oficiais do clube relacionadas às punições impostas ao Flamengo pela não realização do jogo contra o Pinheiros, sempre escritas com as críticas pertinentes e de forma equilibrada, inclusive reconhecendo a importância da Liga Nacional de Basquete para a transformação do esporte. Postura completamente diferente da LNB, que publicou nota em seu site oficial estranhamente de forma apócrifa.
Parece que, ao adotar a tática de centrar de forma intencional as críticas a uma pessoa, a LNB acha que terá sucesso em seu objetivo de dividir a diretoria, a torcida do Flamengo e confundir a opinião pública. Não vai conseguir esse intento.
O Clube de Regatas do Flamengo vem a público responder à nota publicada pela Liga Nacional de Basquete com críticas que julgamos injustificadas, fora de proporção e de lamentável falta de educação em relação às decisões tomadas em conjunto pelo Conselho Gestor e pela Vice-Presidência de Esportes Olímpicos do C.R. Flamengo.
O C.R. Flamengo considera que a referida nota é ofensiva ao clube e especialmente grosseira com o nosso vice-presidente de Esportes Olímpicos, Alexandre Póvoa, que em suas notas apenas espelha a opinião fartamente discutida no Conselho Diretor do C.R. Flamengo, tendo total autonomia para exprimi-la. Tanto que assina as duas comunicações oficiais do clube relacionadas às punições impostas ao Flamengo pela não realização do jogo contra o Pinheiros, sempre escritas com as críticas pertinentes e de forma equilibrada, inclusive reconhecendo a importância da Liga Nacional de Basquete para a transformação do esporte. Postura completamente diferente da LNB, que publicou nota em seu site oficial estranhamente de forma apócrifa.
Parece que, ao adotar a tática de centrar de forma intencional as críticas a uma pessoa, a LNB acha que terá sucesso em seu objetivo de dividir a diretoria, a torcida do Flamengo e confundir a opinião pública. Não vai conseguir esse intento.
A nota da Liga Nacional de Basquete, de forma astuta, conta uma longa história sobre a responsabilidade do Flamengo nos fatos, mas simplesmente omite a informação de que foi a própria entidade que marcou diversos jogos para um ginásio que não possuía as devidas autorizações para realiza-los. Percebe-se, claramente, que a Liga Nacional de Basquete tenta se eximir da responsabilidade básica de requerer os laudos de todos os ginásios antes de começar o campeonato, o que afronta o Estatuto do Torcedor.
As solicitações feitas pelo C.R. Flamengo ao Conselho de Administração da Liga em relação ao assunto sequer foram colocadas em pauta. Em seguida, a LNB se negou a fornecer informações solicitadas pelo C.R. Flamengo, fundador, membro do Conselho de Administração e participante da Liga, sob a inaceitável alegação de que "não é estatutariamente obrigada a fazê-lo".
Aliás, não é somente ao nosso clube que a LNB deve resposta à seguinte pergunta: afinal, os ginásios onde são disputadas partidas da NBB, com a presença de milhares de pessoas, possuem ou não os laudos liberatórios? Há duas opções simples de resposta: Sim ou não. Qual a dificuldade em responder e alimentar o STJD com essa informação?
Através de sua nota, a LNB tenta mais uma vez ocultar a sua omissão e o tratamento desigual dispensado aos diversos clubes. Basta citar o artigo do CBJD no qual o Flamengo foi denunciado e enquadrado no julgamento no STJD - Artigo 211 : "Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização." Além disso, no próprio regulamento da Liga (que foi base da denúncia ao Flamengo) consta: Artigo 5.1. – y. "A quadra de jogo deverá estar liberada, limpa, em bom estado de uso e organizada no mínimo 60 minutos antes do horário previsto para a partida. Nos jogos com transmissão de TV ou WEB, esse prazo passa a ser de 120 minutos antes do início da partida."
A partir desses dois artigos claríssimos em sua redação, nos causa estranheza que a Liga Nacional de Basquete considere equânime denunciar um filiado e não denunciar o outro. Vale lembrar que no dia 6 de novembro de 2014, a partida entre Bauru e Basquete Cearense, válida pelo NBB7, teve que ser suspensa e realizada no dia seguinte, devido aos sérios problemas de goteiras no ginásio "Panela de Pressão".
Aliás, é muito curiosa a posição da LNB em defender com tanta ênfase que o STJD trate os clubes como iguais, quando a própria entidade não o faz na hora de fazer suas denúncias.
O C.R. Flamengo reafirma que o clube recebeu a maior pena da história da LNB e desafia a entidade a mostrar quando um clube teve uma punição maior que um W.O. em alguma de suas edições.
O C.R. Flamengo reforça que considera a penalidade aplicada desproporcional na questão do cancelamento do jogo do Pinheiros (sobretudo para um réu primário e com enormes serviços prestados ao basquete brasileiro – o que, em qualquer tribunal do mundo, diferentemente da presunção demagoga LNB sobre tratar igualmente os clubes – é um atenuante).
O C.R. Flamengo lamenta profundamente o estranho conceito da LNB no que se refere à "falta de competência", atribuída ao nosso vice-presidente. Sobretudo pelo fato de termos conquistado absolutamente tudo nos últimos dois anos – o C.R Flamengo é Deca campeão Carioca, Campeão da LDB, Bicampeão da NBB, Campeão da Liga das Américas e Campeão do Mundo. Sem mencionar que fomos a primeira equipe da América Latina a ser convidada para jogar a pré-temporada da NBA.
O C.R. Flamengo, além de fundador, sabe exatamente o seu papel no expressivo crescimento da Liga Nacional Basquete, que está transformando o esporte no Brasil. Aliás, temos total consciência da força e da importância de nossos 40 milhões de torcedores para a consolidação dessa mudança. Mas, dentro do mais puro espírito democrático, não abre mão do seu direito de criticar quaisquer decisões sempre que se julgar prejudicado.
Continuamos esperando que o bom senso prevaleça e que partidas e competições de basquete sejam decididas dentro da quadra, sem nenhum tipo de interferência externa.
Eduardo Bandeira de Mello
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