sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Filas e caos na entrada do Maracanã geram atrito entre Flamengo e concessionária

Boa parte dos 24.219 torcedores (20.628 pagantes) que foram ao Maracanã na noite de quinta-feira para assistir a Flamengo x Boavista não teve vida fácil. Houve muita confusão para entrar no estádio, com filas enormes para comprar ingresso nas bilheterias pouco antes do jogo começar e muita lentidão também nas catracas. Por conta disso, muita gente só conseguiu ver o duelo a partir dos minutos finais do primeiro tempo. A solução encontrada foi abrir outros setores, que não estavam programados anteriormente.


Torcida do Flamengo encheu um lado da arquibancada do Maracanã (Foto: Ivan Raupp) 
Torcida do Flamengo encheu um lado da arquibancada do Maracanã (Foto: Ivan Raupp)

A concessionária que administra o Maracanã emitiu nota oficial sobre o episódio em que culpa o acaso e o fato de um número pouco expressivo de pessoas ter comprado ingressos pela internet, apenas 3,6% do total. Ela cita que cerca de 17 mil bilhetes foram vendidos somente no dia do jogo, sendo 15 mil a partir da abertura dos portões, às 17h, "número que torna inviável não ter filas nas bilheterias", que abriram às 10h.

O Flamengo, por sua vez, acredita em erro da concessionária. Segundo o clube, a carga de ingressos era de 29 mil e foi comunicada ao Maracanã. Mas a concessionária teria trabalhado com uma estimativa para baixo, de cerca de 15 mil, alocando menos recursos. Pouco antes da partida, a torcida compareceu em peso, mas havia menos bilheterias abertas e menos funcionários nas catracas, o que gerou muita lentidão para entrar no estádio e, consequentemente, confusão.

- O Flamengo não merece passar pelo que passou hoje. Nós dimensionamos a carga para 29 mil e deu 24 mil. Ainda tinha uma folga. Simplesmente a operação não funcionou. Vamos sentar com o consórcio para discutir. Isso não pode se repetir. O torcedor do Flamengo precisa ser respeitado - afirmou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Em seguida à declaração do mandatário do Flamengo, a concessionária alegou que teria ficado decidido em reunião prévia uma carga de 15 mil ingressos para o jogo contra o Boavista e que o clube da Gávea teria participado junto da Polícia Militar.

O atrito foi gerado. De um jeito ou de outro, quem perde é o torcedor rubro-negro.



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