quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Atraso no Morro da Viúva liga alerta, e Flamengo pede "solução rápida" a empresa de Eike



A situação das obras na sede do Morro da Viúva é hoje motivo de preocupação para o Flamengo. O clube cobra uma "solução rápida" da REX, braço imobiliário do Grupo EBX, de Eike Batista - que sofreu uma espécie de efeito dominó com a derrocada da petroleira OGX, hoje chamada OGPar e em recuperação judicial. O atraso já ligou o alerta na Gávea. Por email, o clube informou que tem notificado a empresa e que a REX tem a posse do imóvel desde junho de 2013, em decorrência do contrato de locação firmado em 2012. A duração do acordo é de 25 anos, com possibilidade de renovação.

Há um ponto especialmente sensível: uma dívida milionária de IPTU - em torno de R$ 16 milhões na época da assinatura do contrato - que seria anistiada caso o empreendimento ficasse pronto dentro de um prazo estipulado pela Prefeitura em função da Olimpíada de 2016. Em tese, a REX teria de arcar com a conta por atraso.

A previsão para a reforma do edifício Hilton Santos era de um investimento da empresa de R$ 100 milhões. O prédio com 148 apartamentos - já desocupados - deveria se tornar um hotel categoria quatro estrelas com 454 quartos. O clube poderia usar parte das acomodações como concentração para jogos e receberia um aluguel mensal de R$ 270 mil fixos ou 2,63% do valor bruto (o que fosse maior). O Flamengo recebeu ainda R$ 15.630.000,00 em luvas, além de verba (R$ 2 milhões) para negociar a saída dos moradores.

Circula nos corredores da Gávea a informação de que a REX já teria repassado o contrato a outra empresa, mas não há confirmação oficial. No início de 2014, houve negociações com a francesa Natekko. A empresa abriu mão de outro empreendimento, o Hotel Glória, repassado ao grupo suíço Acron por R$ 260 milhões.

Consultado sobre a situação atual e sobre a veracidade dos rumores de que a REX já teria repassado o contrato, o Flamengo informou que qualquer alteração ou venda dos direitos sobre o imóvel terá obrigatoriamente de ser aprovada pelo Conselho Deliberativo.

Confira a íntegra da resposta rubro-negra:

"A empresa REX tem a posse do imóvel desde junho de 2013, em decorrência de contrato de locação firmado ainda em 2012.

O Flamengo está preocupado com o atraso nas obras e com a depreciação do imóvel e tem notificado a REX solicitando uma rápida solução para o caso, o que, na verdade, interessa a todos: clube, a própria REX, a Associação de Moradores do Morro da Viúva e a Prefeitura do Rio.

É importante ressaltar que qualquer alteração nos termos do contrato ou 'venda' dos direitos sobre o imóvel terá que, obrigatoriamente, ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do Flamengo".


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