O
futebol passa a viver, a partir de agora, o impacto das novas regras da
Fifa, que proíbe a participação de terceiros em direitos sobre
jogadores de futebol. Até o fim de abril, acordos incluindo investidores
ainda poderão ser assinados, com validade máxima de um ano. Em maio, a
proibição passa a valer em definitivo. De acordo com Marcos Motta,
advogado e membro do grupo de estudos da Fifa sobre o tema, afirmou que
contratos que tenham como garantia percentuais sobre a venda futura de
atletas também estão vetados. Na outra ponta, Nélio Lucas,
diretor-executivo mundial da Doyen Sports, não acredita que as novas
normas serão mantidas por muito tempo.
A Doyen recentemente articulou a contratação de Marcelo Cirino pelo Flamengo, que correu para garantir a documentação principal do acordo até quarta-feira para não ficar sujeito às novas medidas. No formato utilizado, o jogador assina por três temporadas e a empresa empresta ao clube uma determinada verba para compra de direitos. Sendo vendido antes disso, a empresa fica com 80% do valor e o clube com o restante. Segundo Nélio Lucas, a Fifa proibiu a propriedade de terceira parte (Third-party ownership, ou TPO na sigla em inglês) e a empresa está utilizando o investimento de terceira parte (Third-party investment, ou TPI na sigla em inglês), o que o leva a crer que poderá manter o modelo de negócio, talvez com algumas alterações.
- Esses negócios foram estruturados dentro do nosso formato tradicional e que já era diferente. Ao contrário dos demais que se enquadram no tão famoso TPO, em que um terceiro é co-proprietário do jogador, a Doyen criou um modelo diferente, o TPI. A diferença é que a operação é feita num gênero de financiamento em que o clube só terá desse capital caso tenha possibilidade de o pagar um dia. O objetivo é promover uma saúde financeira estável e não passar um cheque em branco ao clube. A forma como é estruturado leva a que a operação fique registada e assim não há uma fuga ao Fair Play Financeiro. É um modelo de exigência e responsabilidade. Assim que quando um clube quer comprar um jogador e pede assistência financeira à Doyen nós analisamos bem todos os números, o fator risco e potencial, a saúde financeira do clube, o valor do atleta e potencial de valorização, entre outros fatores, e aí definimos um prazo que permita ao clube poder fazer o pagamento desse financiamento. Normalmente é uma média de 3 anos. Para isso o clube tem que entregar uma garantia que encerrado o prazo permita à Doyen reaver ser capital - explicou o executivo.
Questionado se a empresa, neste caso, não estaria passando a atuar como uma instituição financeira, Lucas respondeu:
- A diferença entre a Doyen é um banco é que primeiro os bancos não estão emprestando dinheiro para o futebol e nós sim, e muito. Mas mais importante que isso é que aceitamos garantias que os bancos não aceitam e essa garantia não é executada antes do financiamento mas no encerramento do contrato. Isso tem permitido a todos os clubes que trabalham conosco de dispor de jogadores que não tinham capital disponível para comprar e terem ganho muito dinheiro com as transferências desses atletas muitas vezes sem terem que colocar dinheiro porque toda a transação é suportada pela Doyen. Até hoje não executamos uma garantia e isso é sintomático de que o somos um parceiro "gold" para os clubes!
Mesmo informado das declarações de Marcos Motta, membro do grupo de estudos da Fifa que aprovou a medida, dando conta de que o modelo divulgado da negociação entre Doyen e Flamengo estaria vetado pelas novas regras por incluir percentual para a empresa sobre a venda futura do atleta (no caso, Cirino), Nélio Lucas não pareceu preocupado:
- Como falei o negócio com o Flamengo a ser concluído será feito no modelo tradicional porque o negócio original (CAP-Doyen) foi feito duramente o mês de dezembro e portanto está fora do prazo em que entra a nova lei. Consideramos que podemos seguir operando com mesmo modelo talvez tendo que alterar algumas nuances. O que fala o Dr. Marcos Motta está correto, mas como falei não se aplica nesses negócios que estamos falando. No futuro essa lei talvez nos obrigue a ser ainda mais criativos, mas sinceramente nós na Doyen não estamos preocupados com essas novas regras que, de qualquer forma, não acredito que fiquem em vigor muito tempo.
A Doyen recentemente articulou a contratação de Marcelo Cirino pelo Flamengo, que correu para garantir a documentação principal do acordo até quarta-feira para não ficar sujeito às novas medidas. No formato utilizado, o jogador assina por três temporadas e a empresa empresta ao clube uma determinada verba para compra de direitos. Sendo vendido antes disso, a empresa fica com 80% do valor e o clube com o restante. Segundo Nélio Lucas, a Fifa proibiu a propriedade de terceira parte (Third-party ownership, ou TPO na sigla em inglês) e a empresa está utilizando o investimento de terceira parte (Third-party investment, ou TPI na sigla em inglês), o que o leva a crer que poderá manter o modelo de negócio, talvez com algumas alterações.
- Esses negócios foram estruturados dentro do nosso formato tradicional e que já era diferente. Ao contrário dos demais que se enquadram no tão famoso TPO, em que um terceiro é co-proprietário do jogador, a Doyen criou um modelo diferente, o TPI. A diferença é que a operação é feita num gênero de financiamento em que o clube só terá desse capital caso tenha possibilidade de o pagar um dia. O objetivo é promover uma saúde financeira estável e não passar um cheque em branco ao clube. A forma como é estruturado leva a que a operação fique registada e assim não há uma fuga ao Fair Play Financeiro. É um modelo de exigência e responsabilidade. Assim que quando um clube quer comprar um jogador e pede assistência financeira à Doyen nós analisamos bem todos os números, o fator risco e potencial, a saúde financeira do clube, o valor do atleta e potencial de valorização, entre outros fatores, e aí definimos um prazo que permita ao clube poder fazer o pagamento desse financiamento. Normalmente é uma média de 3 anos. Para isso o clube tem que entregar uma garantia que encerrado o prazo permita à Doyen reaver ser capital - explicou o executivo.
Questionado se a empresa, neste caso, não estaria passando a atuar como uma instituição financeira, Lucas respondeu:
- A diferença entre a Doyen é um banco é que primeiro os bancos não estão emprestando dinheiro para o futebol e nós sim, e muito. Mas mais importante que isso é que aceitamos garantias que os bancos não aceitam e essa garantia não é executada antes do financiamento mas no encerramento do contrato. Isso tem permitido a todos os clubes que trabalham conosco de dispor de jogadores que não tinham capital disponível para comprar e terem ganho muito dinheiro com as transferências desses atletas muitas vezes sem terem que colocar dinheiro porque toda a transação é suportada pela Doyen. Até hoje não executamos uma garantia e isso é sintomático de que o somos um parceiro "gold" para os clubes!
Mesmo informado das declarações de Marcos Motta, membro do grupo de estudos da Fifa que aprovou a medida, dando conta de que o modelo divulgado da negociação entre Doyen e Flamengo estaria vetado pelas novas regras por incluir percentual para a empresa sobre a venda futura do atleta (no caso, Cirino), Nélio Lucas não pareceu preocupado:
- Como falei o negócio com o Flamengo a ser concluído será feito no modelo tradicional porque o negócio original (CAP-Doyen) foi feito duramente o mês de dezembro e portanto está fora do prazo em que entra a nova lei. Consideramos que podemos seguir operando com mesmo modelo talvez tendo que alterar algumas nuances. O que fala o Dr. Marcos Motta está correto, mas como falei não se aplica nesses negócios que estamos falando. No futuro essa lei talvez nos obrigue a ser ainda mais criativos, mas sinceramente nós na Doyen não estamos preocupados com essas novas regras que, de qualquer forma, não acredito que fiquem em vigor muito tempo.
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