quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Saída de Felipe do Flamengo envolve R$ 1 milhão e outras pendências

Felipe Flamengo treino (Foto: Pedro Martins / Agência Estado)De titular do gol do Flamengo - com salário que ultrapassa a barreira dos R$ 200 mil - Felipe passou a ser peça descartável. Mesmo há quatro meses sem atuar, o futuro do goleiro será definido somente ao término do Campeonato Brasileiro. E uma pendenga que ultrapassa a casa de R$ 1 milhão já está sobre a mesa do diretor executivo de futebol, Felipe Ximenes, e do vice-presidente do departamento, Alexandre Wrobel, responsáveis por conseguirem uma solução juntamente com o setor de finanças do clube. É preciso equacionar a dívida para que o jogador deixe o Rubro-Negro.

Os pagamentos na carteira de trabalho estão em dia, mas os direitos de imagem completaram recentemente sete meses de atraso, no total de R$ 980 mil, segundo o GloboEsporte.com apurou. Ainda existe a questão de luvas. As partes debatem percentuais de juros e qual seria o valor exato desse último ponto, mas é certo que o total romperá a casa do milhão.

O Flamengo busca um acordo, pois, além do débito que supera R$ 1 milhão, ainda restam 13 salários a serem pagos - o contrato vence em dezembro de 2015 -, além dos décimos-terceiros.

- Temos questões para serem definidas. Ao término do campeonato, vamos debater as possibilidades. Não confirmo valores, mas existem algumas coisas em aberto. Vamos sentar para saber como isso será acertado - afirmou o empresário Bruno Paiva, responsável pelos interesses de Felipe.

O vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel, reconhece a dívida, mas também prefere não comentar sobre valores.

- Nós estamos conversando com ele, buscando uma saída. Uma composição que seja boa para ele e para o clube. Imagino que ele não tenha interesse em ficar na situação em que está. Tivemos conversas com o empresário dele, estamos em contato direto, com a participação do financeiro. Acho que vamos conseguir resolver isso até o fim deste mês - garantiu Wrobel. 

Durante o processo, Felipe chegou a demonstrar abatimento com a situação, e também se queixou com pessoas próximas sobre a falta de uma posição mais concreta do comando do departamento de futebol.

Martírio completa quatro meses

Nesta quinta-feira completam-se exatos quatro meses do último jogo de Felipe pelo Flamengo. E, em um ano complicado para o goleiro, até essa lembrança é ruim: 4 a 0 sofrido diante do Internacional, em Porto Alegre, no distante 20 de julho. 

Logo depois, Ney Franco foi demitido para chegada de Vanderlei Luxemburgo. Logo nos primeiros treinamentos, Felipe já parecia ser o primeiro da fila. Luxa optou por Paulo Victor e Cesar como reserva. Na semana seguinte à chegada do novo treinador, ele não foi relacionado para vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo. Nos dias seguintes, queixou-se de uma lesão na coxa direita. Ao se recuperar do problema, as dores que passaram a incomodar foram na mão direita.

Contratado em 2011 para uma posição em que os rubro-negros vinham de uma década de ídolos, com Julio César e Bruno, Felipe deu a resposta imediata ao contrato de risco com várias cláusulas imposto por Patricia Amorim. Com defesas importantes em pênaltis, foi decisivo na conquista do Carioca invicto, e em dezembro assinou novo vínculo até o fim de 2015.   



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