O jogo foi na Flórida, mas pela quantidade de camisas do Flamengo e de outros clubes brasileiros espalhadas pela Amway Arena, nesta quarta-feira, não seria nenhum absurdo achar por alguns instantes que o confronto contra o Orlando Magic, pela pré-temporada da NBA, estivesse sendo realizado no Rio de Janeiro. Se o torcedor rubro-negro fez sua parte e foi maioria na segunda partida do time carioca nos Estados Unidos, a equipe comandada pelo técnico José Neto não foi páreo para o time da terra do Mickey. Mesmo empurrados pelos tradicionais cantos das arquibancadas e do hino do clube, os atuais campeões do NBB, da Liga das Américas e da Copa Intercontinental não deram muito trabalho ao Magic, que venceu por 106 a 88 (55 a 49), diante de 13.734 torcedores.
Curiosamente, o time carioca anotou os mesmos 88 pontos da derrota para o Phoenix no primeiro jogo nos EUA (100 a 88). Vinte deles vieram das mãos calibradas do veterano Marcelinho Machado, cestinha do jogo ao lado do pivô Nikola Vucevic. O camisa 4 do Flamengo converteu seis bolas de três em 12 tentativas. Laprovittola, com 15 pontos e nove assistências, também teve boa atuação. Além dos 20 pontos, Vucevic, do Orlando, foi o único jogador da partida a anotar um duplo-duplo, com 11 rebotes.
O Flamengo viaja nesta quinta-feira para Memphis, local do terceiro e último jogo em solo americano, contra o Memphis Grizzlies, sexta-fera, ás 21h (horário de Brasília), no Fedex Fórum.
O Flamengo viaja nesta quinta-feira para Memphis, local do terceiro e último jogo em solo americano, contra o Memphis Grizzlies, sexta-fera, ás 21h (horário de Brasília), no Fedex Fórum.
O jogo
Apesar do apoio da torcida, o time rubro-negro não começou bem. Ao contrário da partida contra o Phoenix Suns, a equipe de José Neto marcava mal e trabalhava de forma precipitada no ataque. Tudo que o Orlando queria. Nos primeiros três minutos, com cestas de Laprovittola, Marquinhos e eyinsse, o jogo estava em 6 a 6. Na transição rápida, porém, o time americano passou a comandar com boa presença de Tobias Harris, como numa cravada que colocou 15 a 9 na metade do quarto.
Apostando no jogo fora do garrafão, o rubro-negro tinha ao menos a mão calibrada de Marcelinho. O capitão do Flamengo terminou o primeiro quarto com três bolas de três e 11 pontos anotados. A boa presença do veterano, porém, não foi suficiente. Fazendo um rodízio em quadra e dando espaço para o banco, o Orlando aproveitava as falhas na defesa do Flamengo e ampliava a vantagem. Meyinsse ainda apareceu com belo toco em Nicholson, mas os americanos fecharam o primeiro quarto com 34 a 23 no placar.
Marquinhos arremessa na derrota do Flamengo para o Orlando Magic (Foto: Pedro Verissimo)
O Flamengo voltou para o segundo quarto com outra postura. Marcando de forma mais agressiva, o rubro-negro passou a dar trabalho aos americanos, que começaram a errar. No contra-ataque, a dupla Gegê e Felício funcionava, e o jogo de garrafão também passou a sair. Aos poucos, os cariocas voltaram ao jogo. Com metade do quarto, Olivinha fez boa jogada no garrafão e viu a vantagem americana cair para oito pontos, em 42 a 34.
Inspirado, Marcelinho seguia com a mão calibrada nas bolas de três pontos. Foram mais seguidas duas no segundo quarto, e faltando três minutos para o fim do primeiro tempo o placar caiu para 49 a 42, com 15 pontos do capitão rubro-negro. Em infiltração, Laprovittola também apareceu. A reação acordou a torcida brasileira, aos gritos de "Vamos virar, Mengo" e "Isso aqui não é Vasco, isso aqui é Flamengo". Mas após dois ataques desperdiçados, Vucevic chegou aos 13 pontos, com seis rebotes, e manteve o Magic na frente do placar ao fim do quarto, com vantagem apertada de 55 a 49, mas vitória do Flamengo no período por 26 a 21.
O segundo tempo começou a todo vapor, e o Flamengo teve algumas chances para diminuir a diferença do Orlando. Mas os erros do primeiro quarto se repetiram, e, num piscar de olhos, a vantagem dos donos da casa rapidamente aumentou para 11 pontos. Com uma marcação implacável de Willie Green sobre Marcelinho - o ala só conseguiu dar seu primeiro arremesso a pouco mais de seis minutos do fim do período - e Marquinhos numa noite pouco inspirada, o ataque rubro-negro sofria para pontuar.
Melhor para o Orlando Magic, que abriu 12 pontos em dois lances livres de Nicola Vucevic, o maior pontuador dos donos da casa até então. Na primeira brecha que teve, Marcelinho voltou a pontuar e manteve o Flamengo no jogo. Mas os anfitriões erravam pouco e não permitiam que o time rubro-negro se aproximasse. Nico Laprovittola, numa jogada de cesta e falta, e Marcelinho, na sua sexta bola de três no jogo, até conseguiram trazer a diferença para apenas oito, mas Luke Ridnour, também num chute de longe, e Aaron Gordon, numa bola de dois, deram o troco e o prejuízo voltou a ser de dois dígitos.
No minuto final do período, os rubro-negros puxaram o hino do clube carioca e tentaram ser o sexto jogador, mas os arremessos de Laprovittola e Benite não caíram nos dois últimos ataques e a diferença se manteve em 12 pontos: 84 a 72.
Com Marcelinho no banco, e Gegê no lugar de Laprovittola, o Flamengo voltou diferente para o último quarto. Só a liderança que não mudava de lado. O prejuízo aumentou e chegou a 15 pontos, a maior da partida. E daí em diante, mesmo com Marcelinho de volta, o time rubro-negro passou a errar demais e viu o time da casa abrir. Com o jogo praticamente perdido, o técnico José Neto aproveitou para dar alguns minutos de quadra para os caçulas do grupo Danielzinho e Chupeta. No fim de jogo com marcação frouxa de ambos os lados, vitória tranquila dos donos da casa, com 18 pontos de diferença.
As equipes:
Orlando Magic: Harris (14), Nicholson (10), Vucevic (20), Green (11), Payton (4); Entraram: A. Gordon (15), B. Gordon (8), Ridnour (11), Dedmon (4), O'Quinn (5), Marble (4).
Técnico: Jacque Vaughn
Flamengo: Marquinhos (9), Laprovittola (15), Marcelinho (20), Meyinsse (13) , Herrmann (5); Entraram: Olivinha (11), Benite (6), Gegê (1), Felício (8), Caracter (0), Danielzinho (0), Chupeta (0)
Técnico: José Neto
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