quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Herói, Nixon discute renovação com Flamengo de olho em plano de carreira



Um herói com futuro indefinido no Flamengo. Autor do gol da vitória sobre o Figueirense, quarta-feira, no Orlando Scarpelli, e que colocou fim a um jejum de cinco rodadas do Rubro-Negro sem triunfar no Brasileirão, Nixon terá o contrato encerrado no próximo dia 31 de dezembro. Aos 22 anos, o jovem está livre para assinar pré-contrato e deixar a Gávea de graça se quiser. Entretanto, mantém a paciência e deixa o futuro nas mãos do clube que o revelou. As conversas entre as partes já tiveram início, mas um desfecho positivo depende do que os flamenguistas projetam para carreira do atacante.

No Flamengo desde 2009, quando deixou a Bahia e foi aprovado em teste nas categorias de base, Nixon tem 55 jogos e nove gols entre os profissionais, fazendo parte das campanhas dos títulos da Copa do Brasil de 2013 e do Carioca deste ano. Desde que estreou no time de cima, no fim de 2012, no entanto, nunca teve sequência na equipe titular. E é em busca de definições neste sentido que o empresário Adolfo Costa tem conversado com o diretor executivo Felipe Ximenes.

Há um consenso para que o jogador não deixe a Gávea sem gerar frutos financeiros para o caixa rubro-negro, mas a prioridade é que Nixon assine um novo contrato, com duração de três a cinco anos. Os termos de um possível acordo são discutidos com um vasto leque de possibilidades e não está descartado um empréstimo por uma temporada para que o jovem se mantenha em atividade e retorne ao Flamengo mais experiente.

- Estamos cautelosos com tudo. O Nixon é jovem e temos uma consideração muito grande pelo clube, pela maneira como o Felipe Ximenes tem tratado tudo. Alguns clubes já nos procuraram, mas não vamos assinar nenhum pré-contrato. Até para que o Flamengo faça um bom negócio. Tudo encaminha para um acordo. Se o Nixon tiver espaço para jogar, vai ficar. Dos 22 aos 24 anos, ele vai ter que se projetar. Hoje, ele é opção. Queremos transformá-lo em um jogador principal - explicou Adolfo Costa.

De olho em novas oportunidades com Vanderlei Luxemburgo, Nixon se diz tranquilo quanto ao futuro e deixa o caso nas mãos de seu agente. Depois de quase dois meses fora dos gramados por conta de uma lesão muscular, o atacante mudou a cara do Fla diante do Figueira e só pensa em ser mais efetivo nos últimos meses do ano.

- O contrato acaba, mas estou tranquilo quanto a isso. Desde quando cheguei aqui, dei o meu melhor. Quando vim para cá, lembro que falei para meu pai colocar todas as minhas roupas na mala, porque tinha convicção que seria aprovado e ficaria. Tenho que simplesmente fazer minha parte, demonstrar o potencial que o clube viu em mim e agradecer a confiança. Tenho pensado em ajudar o grupo.

Depois de chorar muito ainda no gramado do Orlando Scarpelli, Nixon reforçou a importância do gol marcado diante do Figueira, que encerrou um jejum de mais de seis meses sem balançar as redes - desde os dois gols marcados no empate por 2 a 2 com o Bangu, dia 16 de março, pelo Carioca.

- Foi um gol importante em um momento em que o time estava lutando muito. Quando sofremos o empate, o Figueirense veio para cima, a torcida incentivou, mas o professor soube lidar com a situação. Estou sempre apto para ajudar. Chorei muito no fim porque tive uma lesão, não consegui estar em atividade, mas sempre orei pelos meus companheiros. Senti que tinha algo especial reservado e pude entrar bem e contribuir.

A partida contra o Figueirense foi a quarta de Nixon sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. O atacante tinha participado das vitórias sobre Atlético-MG, Criciúma, e da derrota por 3 a 0 para o Coritiba, pela Copa do Brasil, quando se lesionou.
 
 

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