Em guerra nos tribunais, o Botafogo vive um dilema: jogar a reta
final do Brasileirão no Maracanã e ter suas rendas penhoradas ou tentar
faturar em outra praça abrindo mão, talvez, do fator torcida – um risco
ainda maior no momento em que o clube luta contra o rebaixamento. O
clube teve a penhora de R$ 1,5 milhão determinada numa ação judicial
movida pelo atual técnico da coisa maldita, vasco, Joel Santana. O caso teve um
complicador. A Justiça determinou que o valor fosse penhorado das contas
da concessionária, que náo é ré na ação, por conta de uma suposta
recusa em penhorar as rendas alvinegras. A empresa confirmou o bloqueio,
mas preferiu não comentar o caso. Mas vai recorrer.
Há um temor no clube de que será difícil escapar da mordida se mandar os jogos no estádio – além da partida desta quarta-feira, contra o Palmeiras, os alvinegros têm hoje mais cinco compromissos como mandantes no Maracanã, além de um clássico no qual o mando de campo é do Fluminense. E há outra questão a ser analisada: o contrato entre Botafogo e concessionária prevê a realização de 15 jogos com o clube como mandante no estádio. O jogo desta quarta-feira será o 17º. Ou seja, neste momento nem o Botafogo tem obrigação contratual de jogar no Maracanã, nem o estádio tem obrigação contratual de receber jogos do clube.
Há um temor no clube de que será difícil escapar da mordida se mandar os jogos no estádio – além da partida desta quarta-feira, contra o Palmeiras, os alvinegros têm hoje mais cinco compromissos como mandantes no Maracanã, além de um clássico no qual o mando de campo é do Fluminense. E há outra questão a ser analisada: o contrato entre Botafogo e concessionária prevê a realização de 15 jogos com o clube como mandante no estádio. O jogo desta quarta-feira será o 17º. Ou seja, neste momento nem o Botafogo tem obrigação contratual de jogar no Maracanã, nem o estádio tem obrigação contratual de receber jogos do clube.
O
Botafogo jogou oito vezes no Maracanã neste Brasileiro. Somando todas
essas rendas – e descontados os jogos que deram prejuízo – o valor
líquido que o Botafogo arrecadou no Maracanã neste Brasileiro não chega a
10% do valor da ação: R$ 117.364,89. Isso numa conta simples, que não
inclui penhoras (os valores não estão mais representados nos borderôs
disponíveis no site da CBF).
Pelo lado de Joel Santana, o
advogado Paulo Reis responde pela ação. Ele confirmou que chegou a haver
um bloqueio de contas da concessionária por uma suposta recusa em reter
o valor. De acordo com pessoas ligadas à empresa, diversas ordens de
penhora se acumulam nos jogos do Botafogo, e a concessionária precisa
consultar, antes de liberar o dinheiro, a qual demanda deve atender,
pois todas se tratam de ordens judiciais.
– O que há na verdade é o seguinte: a concessionária do Maracanã foi notificada para reter as rendas dos jogos do Botafogo, sob pena de ser responsabilizada. Só que não reteve o dinheiro, e a juíza determinou o bloqueio das contas. E pelo que soube, já foi bloqueado esse valor da concessionária. Os advogados do Maracanã pegaram o processo provavelmente para recorrer – disse Paulo Reis.
– O que há na verdade é o seguinte: a concessionária do Maracanã foi notificada para reter as rendas dos jogos do Botafogo, sob pena de ser responsabilizada. Só que não reteve o dinheiro, e a juíza determinou o bloqueio das contas. E pelo que soube, já foi bloqueado esse valor da concessionária. Os advogados do Maracanã pegaram o processo provavelmente para recorrer – disse Paulo Reis.
A assessoria da concessionária, mesmo informada das declarações do advogado, preferiu não comentar o caso: "O Maracanã confirma o bloqueio, mas não comenta processos judiciais em andamento". A reportagem tentou, sem sucesso, contato com o vice jurídico do Botafogo, Alberto Macedo.
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