Pé na porta contra a zona da confusão. Depois de duas derrotas
consecutivas, o Flamengo voltou a vencer neste domingo. O 1 a 0 sobre o
Corinthians, no Maracanã, pela 21ª rodada do Brasileirão aconteceu por
conta de um erro da arbitragem, que não marcou impedimento de Eduardo da
Silva no gol de Wallace. Mas para Vanderlei Luxemburgo isso pouco
importa. Satisfeito com a volta da postura do "saco de cimento" de seus
jogadores, o treinador disse que só comentará a arbitragem após ver o
lance pela televisão e elogiou a postura aguerrida do Rubro-Negro.
Em entrevista coletiva, Luxa disse que o erro não tira o mérito de sua equipe no triunfo que a colocou na décima colocação do Brasileirão, com 28 pontos. Além da dedicação, o comandante rubro-negro se mostrou satisfeito também com a postura tática do Flamengo, que praticamente não deixou o Corinthians assustar a meta de Paulo Victor.
- Primeiro, quero dar os parabéns aos jogadores. Voltamos a trabalhar nas nossas características: botamos o rabo no chão. O Flamengo não tem um grande time. Foi bem contra Grêmio e Goiás, mas não botou o rabo no chão. Hoje, não deixamos o Corinthians jogar em suas características. O gol eu quero parar para ver antes de falar. Até porque, erros e acertos acontecem. Não vou tirar o mérito dos meus jogadores, que fizeram uma grande partida
O elenco do Flamengo se reapresenta na tarde de segunda-feira, no Ninho do Urubu, para iniciar a preparação visando o confronto com o Palmeiras, quarta-feira. Na terça, o treinamento será na Gávea, pela manhã, seguido de viagem para São Paulo.
Em entrevista coletiva, Luxa disse que o erro não tira o mérito de sua equipe no triunfo que a colocou na décima colocação do Brasileirão, com 28 pontos. Além da dedicação, o comandante rubro-negro se mostrou satisfeito também com a postura tática do Flamengo, que praticamente não deixou o Corinthians assustar a meta de Paulo Victor.
Luxemburgo esteve muito apreensivo durante nervoso jogo no Maracanã (Foto: Getty Images)
- Primeiro, quero dar os parabéns aos jogadores. Voltamos a trabalhar nas nossas características: botamos o rabo no chão. O Flamengo não tem um grande time. Foi bem contra Grêmio e Goiás, mas não botou o rabo no chão. Hoje, não deixamos o Corinthians jogar em suas características. O gol eu quero parar para ver antes de falar. Até porque, erros e acertos acontecem. Não vou tirar o mérito dos meus jogadores, que fizeram uma grande partida
O elenco do Flamengo se reapresenta na tarde de segunda-feira, no Ninho do Urubu, para iniciar a preparação visando o confronto com o Palmeiras, quarta-feira. Na terça, o treinamento será na Gávea, pela manhã, seguido de viagem para São Paulo.
Confira a entrevista coletiva de Luxemburgo na íntegra:
ATUAÇÕES DE WALLACE E EVERTON
-
Quero ganhar de meio a zero todos os jogos que vamos avançar. Não é
valorizar o Everton, mas quem teve uma atuação exemplar, que não teve
nenhum erro, foi o Wallace. Foi um zagueiro de altíssimo nível e fez uma
grande partida com o Chicão, sem dar chance ao adversário. A equipe
toda ajuda os jogadores a aflorarem suas qualidades. O Everton também
tem jogado bem há algum tempo e está em uma crescente. Quando estamos no
sufoco, a bola sai com ele, que impõe velocidade. A equipe estava
totalmente concentrada. Os jogos que perdemos é normal para um time que
sai de uma zona da confusão e consegue vitórias seguidas. A mudança de
comportamento é inconsciente.
EDUARDO DA SILVA
-
Se você achar que ele perdeu o pênalti por estar cansado, vou
discordar. No jogo com o Atlético-MG, eu mandei o Léo Moura bater o
pênalti. Hoje, eu mandei o Chicão bater, ele me olhou e disse que o
Eduardo queria bater. Eu não vou perder pênalti, não estou lá dentro.
Não foi questão de cansaço. O goleiro foi feliz e pulou no canto certo.
Acho que ele jogou com muita técnica. O pênalti é normal perder.
FORMAÇÃO IDEAL PARA O FLA
-
A equipe que eu encontrei tem ajustado bem. Com o Cáceres ali, ajuda
bem. O Márcio ou o Luiz Antonio podem ser o segundo volante, ou o
Gabriel, que faz aquele lado direito. Encontrei um time jogar com as
características dos jogadores. Jogar no Maracanã é bom, com o torcedor. É
possível jogar na sua característica contra uma equipe técnica e
vencer. Quando o time tem uma identidade, você joga em cima dela. O que
não dá é para tentar equilibrar com uma técnica que você não tem. Temos
que jogar em cima das virtudes, marcando, colocando o rabo no chão, em
cima das deficiências técnicas.
PALMEIRAS
-
É um jogo duro. Contra o Fluminense, eles tinham 12 desfalques. Vamos
ver o time que vão colocar em campo. O Palmeiras vai jogar dentro de
seus domínios. Vamos entrar fortes, colocar um pijama training nos
jogadores para que descansem um pouco, namorem um pouco, e voltem para
trabalhar.
VOLTA DAS VITÓRIAS
-
Acho que esse momento do Flamengo é o momento de uma equipe. Ninguém
vai ganhar todos os jogos. Não é nosso privilégio perder duas seguidas, o
Cruzeiro perdeu hoje. O campeonato é muito igual. Não vi o Flamengo
jogando mal contra Grêmio e Goiás. Eles aproveitaram as chances. Se o
aproveitamento fosse como o meu desde o início, íamos brigar lá em cima.
BOA ATUAÇÃO SOBRE O CORINTHIANS
-
Claro que tenho estudo do adversário. Procurei ver como o Corinthians
atua e trabalhei em cima disso. Mas a grande eficiência do Flamengo foi
voltar a sua característica. A marcação começou forte com o Eduardo e o
Alecsandro. O meio-campo marcando, facilita a vida da zaga. Assim, o
jogo fica igual. Essa é nossa virtude. Se colocarmos essa virtude
sempre, vamos avançar como equipe.
RECUPERAÇÃO DO LATERAL LÉO
-
Vamos ver. Ele ainda não está em ponto de voltar, vai demorar um pouco
mais ainda. Falta um trabalho de bola, um coletivo, um jogo-treino. É um
jogador que, se voltar, vai ajudar muito. Até porque, dá para fazer um
revezamento. Mas o Léo Moura está conseguindo economizar, não tem a
frequência de ataque que tinha antes. O Márcio Araújo está ali daquele
lado, o que facilidade a vida.
CHANCES DE GOL PERDIDAS
-
Perder gol, você vai perder. Vai ganhar com um gol legal e às vezes com
um que não seja legal. E vai perder também. O futebol é dessa forma. O
pênalti eu quero falar uma coisa: há uma recomendação de que se a bola
bater no adversário em direção ao gol, deve ser marcado. Lá contra o
Goiás, não deram o pênalti para nós. Não adianta ficar lamentando isso
aí. Está tudo no contexto do futebol. A informação que tenho é para os
meus jogadores não abrirem o braço dentro da área. É difícil, tem que
ficar igual robô, mas eles querem que seja desta forma. Fico satisfeito
porque o time criou bastante oportunidade.
ESPÍRITO COLETIVO
-
No futebol, temos que falar sempre "nós". Nós ganhamos o jogo. Quando
você coloca o "eu", é egoísta, individualista. Se somarmos, a equipe vai
ficar forte. Falo sempre com eles que temos que conjugar o verbo na
primeira pessoa do plural, colocando o rabo no chão.
SEQUÊNCIA FORA DE CASA
-
É um sequência dura. Avançamos um pouco com a vitória e vai ser
complicado. Tivemos uma torcida apoiando a equipe neste jogo, em momento
algum ela se voltou contra a equipe desde a minha chegada, e acho que
presença é importante.
DUPLA DE ZAGA
-
A saída do Marcelo foi pensada com muita calma. Ele vinha jogando muito
bem, é um jogador de futuro. Mas acompanhando o noticiário havia uma
tendência a crucificarem por um erro. Ele é jovem está chegando a um
grande clube. O Samir está vindo de lesão e está pegando um
condicionamento melhor. O Chicão fez duas grandes partidas, contra
Coritiba e Grêmio. Usei o Chicão que conhece o Corinthians, as
características dos jogadores. Dentro da zaga, temos opções, ganhamos
com isso. E fiz uma proteção ao Marcelo.
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