Presidente
do Conselho Deliberativo do Flamengo, Delair Dumbrosck rachou de vez
com o SóFla (Sócios pelo Flamengo), principal base de apoio da gestão do
mandatário do clube, Eduardo Bandeira de Mello. Ele exonerou o
secretário do conselho, o economista Edmilson Varejão, por conta do
racha político. Dumbrosck considera que o cargo é de estrita confiança e
entendeu que esta relação foi quebrada depois de o comunicado do grupo
"Conte Comigo, Flamengo", do qual o SóFla é o principal articulador, o
criticar diretamente. Varejão, por sua vez, vê o presidente do conselho
mais importante do Rubro-Negro colocando a sua agenda pessoal política à
frente da instituição. Ele afirmou que somente recebeu um email
comunicando a exoneração.
A guerra política não se resume a Delair e SóFla. Na noite de terça-feira, Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, uma das principais lideranças da oposição, foi condenado pela segunda vez e ficou sujeito à exclusão do quadro social, embora ainda possa recorrer. No Conselho Fiscal, o presidente Mario Esteves, que está de licença, teve aberta contra ele uma comissão de inquérito. Um dos membros que pediu a abertura da comissão, Gonçalo Veronese, por outro lado, teve uma comissão reaberta contra ele. Nos bastidores do clube, o fogo cruzado parece longe de um fim.
A guerra política não se resume a Delair e SóFla. Na noite de terça-feira, Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, uma das principais lideranças da oposição, foi condenado pela segunda vez e ficou sujeito à exclusão do quadro social, embora ainda possa recorrer. No Conselho Fiscal, o presidente Mario Esteves, que está de licença, teve aberta contra ele uma comissão de inquérito. Um dos membros que pediu a abertura da comissão, Gonçalo Veronese, por outro lado, teve uma comissão reaberta contra ele. Nos bastidores do clube, o fogo cruzado parece longe de um fim.
O
presidente do Conselho Deliberativo explicou razões para exoneração de
Varejão, confirmando que o racha político com o SóFla motivou a decisão.
Segundo Delair, por conta das críticas abertas no comunicado do "Conte
Comigo, Flamengo" – grupo que suporta uma proposta de estatuto e é
articulado principalmente pelos integrantes do SóFla –, não havia
condições de manter o economista num cargo de confiança.
– Como presidente do Conselho, tenho o poder de nomear todas as comissões de inquérito, comissões permanentes, a mesa diretora dos trabalhos, que inclui os secretários, e há um vice-presidente eleito comigo. Todas essas pessoas têm de ser de estrita confiança minha. Mas uma pessoa perde a minha confiança no momento em que faz parte desse grupo SóFla e integra um movimento político onde me citam e começam a discordar de determinadas coisas que eles tinham concordado, que é a questão do estatuto. Chegam agora com um "não, não queremos mais isso" e começam a escrever besteira. Comigo é o seguinte: ou eu tenho confiança ou não tenho. Se não tenho, então não serve para trabalhar. E eu exonerei, só isso – disse Delair.
Ele negou que a postura seja válida para todos os membros do SóFla indicados para comissões, mas citou outros casos.
– Não, só a ele (Varejão). Os outros membros estão lá. Agora, não posso permitir, por exemplo a seguinte situação: eles tinham um membro nas comissões de estatuto no momento em que apresentam uma proposta de estatuto, então, você acha ético eles terem um membro na comissão para debater o estatuto que eles apresentaram? Não é. Eu pedi que se desligassem, e eles se desligaram.
Varejão enxerga a questão de outra forma e analisa que a agenda pessoal política do presidente do Deliberativo está sendo colocada à frente do Flamengo. O ex-secretário do conselho, no entanto, evitou contestar a decisão:
– Eu não posso falar em nome do SóFla, mas sim apenas em meu nome. Não é do meu interesse questionar a decisão do Delair, ele é o presidente de poder, tem todo o direito de fazer isso. Não fui comunicado de nada, recebi só a exoneração por email. Saio com sentimento de dever cumprido porque participei de todas as reuniões como secretário, só não fui a uma porque estava de férias. Indiquei membros para as comissões do Deliberativo, e todos estão fazendo ou fizeram um ótimo trabalho. Do ponto de vista técnico, executei tudo o que me foi pedido. Do ponto de vista político, sou uma pessoa jovem, tenho 30 anos, e muito jovem de Flamengo. É o meu primeiro triênio como conselheiro, estou entrando com intuito de me dedicar ao máximo. Mas às vezes você quer desempenhar um trabalho legal e os aspectos políticos se sobrepõem ao clube.
O economista também deu sua versão para o racha com Delair Dumbrosck e afirmou que não foi o SóFla quem deflagrou a "guerra".
– Pelo que as pessoas têm me falado, ele será candidato na próxima eleição. Ele tem esse objetivo. E ele já identificou que o SóFla, apesar de ser um grupo de pessoas jovens, sem toda essa vivência de clube, é um grupo numeroso e que se mobiliza. São pessoas técnicas que vieram da arquibancada e não têm essa vaidade, como ele e algumas outras pessoas têm. A maioria não tem. Ele sabe que provavelmente não vai contar com nosso apoio, entende dessa forma, então declarou guerra e escolheu um grupo que entende que vai apoiar. Ele deflagrou essa guerra, não fomos nós.
Questionado se acredita que Dumbrosck eliminará de cargos no conselho outros membros do SóFla, Varejão respondeu:
– É difícil falar da cabeça de outra pessoa, mas espero que ele continue contando conosco, isso é o que eu gostaria. O SóFla não nasceu como um grupo político, mas com o objetivo de levar ideias e propostas ao Flamengo. No entanto, acho que ele continuará nessa empreitada política que tem foco na eleição do ano que vem. Na minha opinião, o que ele puder fazer já para montar uma base para o ano que vem, me parece que vai fazer. E não temos muito o que fazer contra ele. Somos um grupo de sócios, mas o presidente do Deliberativo no Flamengo é muito forte, tem muitos poderes. Como grupo de sócio, é claro que podemos tumultuar, mas nosso poder lá é muito limitado.
O secretário exonerado questionou também a abertura das comissões de inquérito. Segundo Varejão, a política interferiu. Gonçalo Veronese é acusado de vazar documento interno, o que nega, e Mario Esteves responde por suposta omissão de informações a membros do Conselho Fiscal – ele afirma que somente tenta evitar a politização da pauta.
– Tem pessoas que colocam a agenda política na frente. Antes do pedido de comissão de inquérito contra o Mario Esteves, foi pedida uma contra o Gonçalo Veronese. A do Veronese foi aberta com o Rodrigo Dunshee (de Abranches, vice do Deliberativo que recentemente assumiu a presidência por um curto período), porque o Delair não abriu. Abriu primeiro a do Mario Esteves e sentou na do Gonçalo Veronese. Aí você tira as suas próprias conclusões. As pessoas estão colocando sua agenda pessoal na frente do clube, o que é triste.
– Como presidente do Conselho, tenho o poder de nomear todas as comissões de inquérito, comissões permanentes, a mesa diretora dos trabalhos, que inclui os secretários, e há um vice-presidente eleito comigo. Todas essas pessoas têm de ser de estrita confiança minha. Mas uma pessoa perde a minha confiança no momento em que faz parte desse grupo SóFla e integra um movimento político onde me citam e começam a discordar de determinadas coisas que eles tinham concordado, que é a questão do estatuto. Chegam agora com um "não, não queremos mais isso" e começam a escrever besteira. Comigo é o seguinte: ou eu tenho confiança ou não tenho. Se não tenho, então não serve para trabalhar. E eu exonerei, só isso – disse Delair.
Ele negou que a postura seja válida para todos os membros do SóFla indicados para comissões, mas citou outros casos.
– Não, só a ele (Varejão). Os outros membros estão lá. Agora, não posso permitir, por exemplo a seguinte situação: eles tinham um membro nas comissões de estatuto no momento em que apresentam uma proposta de estatuto, então, você acha ético eles terem um membro na comissão para debater o estatuto que eles apresentaram? Não é. Eu pedi que se desligassem, e eles se desligaram.
Varejão enxerga a questão de outra forma e analisa que a agenda pessoal política do presidente do Deliberativo está sendo colocada à frente do Flamengo. O ex-secretário do conselho, no entanto, evitou contestar a decisão:
– Eu não posso falar em nome do SóFla, mas sim apenas em meu nome. Não é do meu interesse questionar a decisão do Delair, ele é o presidente de poder, tem todo o direito de fazer isso. Não fui comunicado de nada, recebi só a exoneração por email. Saio com sentimento de dever cumprido porque participei de todas as reuniões como secretário, só não fui a uma porque estava de férias. Indiquei membros para as comissões do Deliberativo, e todos estão fazendo ou fizeram um ótimo trabalho. Do ponto de vista técnico, executei tudo o que me foi pedido. Do ponto de vista político, sou uma pessoa jovem, tenho 30 anos, e muito jovem de Flamengo. É o meu primeiro triênio como conselheiro, estou entrando com intuito de me dedicar ao máximo. Mas às vezes você quer desempenhar um trabalho legal e os aspectos políticos se sobrepõem ao clube.
O economista também deu sua versão para o racha com Delair Dumbrosck e afirmou que não foi o SóFla quem deflagrou a "guerra".
– Pelo que as pessoas têm me falado, ele será candidato na próxima eleição. Ele tem esse objetivo. E ele já identificou que o SóFla, apesar de ser um grupo de pessoas jovens, sem toda essa vivência de clube, é um grupo numeroso e que se mobiliza. São pessoas técnicas que vieram da arquibancada e não têm essa vaidade, como ele e algumas outras pessoas têm. A maioria não tem. Ele sabe que provavelmente não vai contar com nosso apoio, entende dessa forma, então declarou guerra e escolheu um grupo que entende que vai apoiar. Ele deflagrou essa guerra, não fomos nós.
Questionado se acredita que Dumbrosck eliminará de cargos no conselho outros membros do SóFla, Varejão respondeu:
– É difícil falar da cabeça de outra pessoa, mas espero que ele continue contando conosco, isso é o que eu gostaria. O SóFla não nasceu como um grupo político, mas com o objetivo de levar ideias e propostas ao Flamengo. No entanto, acho que ele continuará nessa empreitada política que tem foco na eleição do ano que vem. Na minha opinião, o que ele puder fazer já para montar uma base para o ano que vem, me parece que vai fazer. E não temos muito o que fazer contra ele. Somos um grupo de sócios, mas o presidente do Deliberativo no Flamengo é muito forte, tem muitos poderes. Como grupo de sócio, é claro que podemos tumultuar, mas nosso poder lá é muito limitado.
O secretário exonerado questionou também a abertura das comissões de inquérito. Segundo Varejão, a política interferiu. Gonçalo Veronese é acusado de vazar documento interno, o que nega, e Mario Esteves responde por suposta omissão de informações a membros do Conselho Fiscal – ele afirma que somente tenta evitar a politização da pauta.
– Tem pessoas que colocam a agenda política na frente. Antes do pedido de comissão de inquérito contra o Mario Esteves, foi pedida uma contra o Gonçalo Veronese. A do Veronese foi aberta com o Rodrigo Dunshee (de Abranches, vice do Deliberativo que recentemente assumiu a presidência por um curto período), porque o Delair não abriu. Abriu primeiro a do Mario Esteves e sentou na do Gonçalo Veronese. Aí você tira as suas próprias conclusões. As pessoas estão colocando sua agenda pessoal na frente do clube, o que é triste.
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