Vitórias.
Assim, no plural e, de preferência, em sequência. É por isso que o
Flamengo clama para dar a volta por cima no Brasileirão. E essa urgência
identificada pelo elenco não se dá somente pela evidente necessidade de
pontos para se livrar da última colocação na tabela. Os jogadores
rubro-negros enxergam a falta de confiança como um dos fatores
determinantes para o início de competição tão ruim e sabem que este
panorama só mudará com uma série convincente.
Depois
do clássico com o Botafogo, logo na estreia de Vanderlei Luxemburgo, o
que se viu no Ninho do Urubu era uma clima de esperança em uma arrancada
no Brasileirão. Não foi o que aconteceu. A derrota por 1 a 0 para
Chapecoense levou o time de volta para lanterna e aumentou as dúvidas a
respeito da salvação da queda para Série B. Um dos jogadores há mais
tempo no clube, Paulo Victor cobra uma reação e traça os próximos jogos, contra Sport, em casa, e Coritiba, no Couto Pereira, como primordiais.
-
O que falta é confiança. Claro que o Luxemburgo está tentando fazer o
melhor. O que está faltando é confiança, encaixar umas duas vitórias
seguidas. Fomos campeões do Carioca e da Copa do Brasil e se for ver só
tira dois ou três jogadores do elenco atual. O que falta é recuperar a
confiança. Precisamos de uma sequência. Nada melhor do que pegar o Sport
em casa e o Coritiba, que é um concorrente direto, para sairmos da zona
de rebaixamento.
Para o confronto com o Sport,
domingo, no Maracanã, a diretoria rubro-negra manteve os preços dos
ingressos mais baratos na esperança de um bom público como no clássico
com o Botafogo. Para PV, esta união com o torcedor será determinante
para que o time possa reagir.
- A torcida do Flamengo
faz a diferença sempre. Nos apoiam nos momentos bons e difíceis. Quando
estão ao nosso lado, as coisas acontecem mais fácil.
Mesmo
que vença os pernambucanos, o Flamengo dificilmente sairá da zona de
rebaixamento: poderia até alcançar o Botafogo, 16º, com 13, mas é
improvável que tire a diferença de 12 gols de saldo. Ou seja, terá mais
uma semana para falar do risco de queda, o que o goleiro admite não ser
nada agradável.
- É chato ficar falando, mas sabemos
que restam 25 jogos e temos totais condições de sair da zona de
rebaixamento. Pior seria se fossem dois, três jogos... Sabemos da
responsabilidade que temos. É uma colocação que não agrada a nenhuma
equipe, mas na rodada passada tivemos uma vitória e ficamos a um ponto
da saída da zona.
PV aceita críticas de Zico
Após
a derrota para Chapecoense, domingo, fora de casa, Vanderlei Luxemburgo
chegou a dizer que o gol adversário tinha saído por conta do forte sol
em Santa Catarina, que teria atrapalhado a visão de Paulo Victor. A
justificativa encontrou eco em Zico, que culpou o goleiro por não usar
boné nesta situação. Questionado sobre a crítica, PV tratou com
naturalidade e evitou rebater o maior ídolo da história rubro-negra.
-
Conheço o Zico, conheço a família dele, tive o prazer de trabalhar com
ele e tenho certeza que falou pensando em ajudar. É torcedor, como eu
sou, e tenho todo respeito pela colocação dele.
Paulo Victor, por sua vez, se explicou e disse que o acessório não o ajudaria no lance do gol catarinense:
-
Se você olhar para o alto, nem o boné vai solucionar o problema. Não
estou colocando a culpa no sol, quando erro tenho que assumir, mas se
estivesse com o boné não adiantaria nada. Tanto que o jogador de vôlei
de praia usa óculos. Conversei com dois amigos da Chapecoense, e eles
disseram que a escolha foi proposital por causa do sol e do vento.
Com
10 pontos, o Flamengo é o último colocado no Brasileirão, e encara o
Sport, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela 14ª rodada.
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