O passeio de tantos domingos ganhou ares diferentes. A aglomeração a
alguns metros chamou a atenção e quebrou o silêncio. O que corria à boca
pequena é que no centro daquela roda estava Julio César. Sem pensar
duas vezes, o desenhista industrial Marcel Rocha, chamou os filhos e a
esposa e foi até lá. Não acreditou ao ver que o goleiro que levou a
Seleção às quartas de final da Copa do Mundo estava ali, de camisa,
bermuda e chinelo, atendendo a tantos pedidos numa área comum num
condomínio da Barra da Tijuca, em frente a uma barraca de pastel.
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Meu filho Pedro, de 4 anos, perguntou se era o goleiro do Brasil que
ele tinha visto ontem na televisão. A roupa estava diferente (risos).
Julio foi muito simpático com todos. Ele não sabia para onde olhar por
ter tantos celulares apontados em sua direção. Chegamos perto, pedimos a
foto e ele prontamente se abaixou para ficar mais próximo da minha
esposa e dos meus filhos. Todos ali estavam dando parabéns. O que me
chamou a atenção foi quando
chegou um menino com a camisa do Flamengo pedindo um autógrafo. Enquanto
ele assinava,
perguntaram: "Essa vai ser a próxima, Julio?" Ele piscou o olho e disse:
"Não sei".
No fim de maio, o goleiro recebeu uma oferta de três anos para voltar ao Flamengo,
clube que defendeu profissionalmente de 1997 a 2004. Na última
temporada, ele defendeu o Toronto FC, do Canadá, emprestado pelo Queen's
Park Rangers, da Inglaterra.
Julio
saiu do local aplaudido, com as pessoas gritando o nome dele. Entrou no
carro da família e seguiu curtindo o dia de folga após a dramática
vitória nos pênaltis sobre o Chile, no Mineirão. Ele e os demais
companheiros de Seleção se reapresentam na base aérea do Galeão na manhã
desta segunda-feira e rumam para a Granja Comary, em Teresópolis. Lá,
viram a chave para o duelo contra a Colômbia, sexta-feira, em Fortaleza,
pelas quartas de final.
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