As datas e os adversários ainda não foram divulgados pela NBA, mas os dois maiores pontuadores do Flamengo campeão do NBB 6 não escondem a ansiedade e já contam os dias para a participação do tricampeão nacional na pré-temporada da liga norte-americana de basquete.
Assim como Cristiano Felício, Marcelinho e Marquinhos, os dois estão
garantidos no elenco rubro-negro para a próxima temporada. Eles vibraram
com o acordo e acreditam que os dois compromissos nos Estados Unidos
abrirão muitas portas para outros clubes brasileiros também serem
convidados no futuro.
Marcelo Vido, Alexandre Póvoa, Arnon de Mello e Daniel Soares selam o acordo da NBA com o Fla (Foto: Divulgação)
Único
atleta do Flamengo com passagens pela NBA, Marquinhos sabe melhor do
que ninguém os benefícios que esses dois jogos nos Estados Unidos trarão
para a popularização da marca rubro-negra no mercado do basquete
mundial. Ex-jogador do New Orleans Hornets e do Memphis Grizzlies, o ala
destaca o salto que o basquete brasileiro vem dando nos últimos anos e
já tem até seus dois adversários preferidos para os confrontos que
deverão acontecer em outubro.
-
É uma coisa muito legal para o Flamengo e, principalmente, para o país.
É muito importante para um clube brasileiro ter a chance de enfrentar
alguns dos melhores times do mundo. Se eu pudesse escolher, gostaria que
essas partidas fossem contra Miami e Orlando, franquias que estão
situadas em regiões onde vivem muitos brasileiros - afirmou o
ex-companheiro de Chris Paul, David West e Tyson Chandler no News
Orleans Hornets.
Marcelinho não teve a mesma sorte, mas
bateu no aro. No início dos anos 2000, o capitão rubro-negro chegou a
treinar no Portland Trail Blazers durante a Liga de Verão. O acerto não
veio, e o destino do jogador foi a Europa. Sem maiores frustrações, o
capitão rubro-negro e um dos líderes do tri do NBB agora terá a
oportunidade de realizar parte do sonho de atuar na principal liga de
basquete do mundo.
- Foi um contrato muito importante para o
Flamengo e para o Brasil. Fico muito feliz de estar entrando para a
história como um dos representantes do primeiro time da América Latina a
jogar uma pré-temporada da NBA. Acho que é uma oportunidade que vai
abrir portas para outros clubes brasileiros seguirem o mesmo caminho
futuramente - afirmou o ala.
Competitivo até nos treinamentos,
Marcelinho nem sabe quais adversários irá enfrentar, mas levanta uma
dúvida que não deixa de ser uma preocupação.
- Não sabemos
ainda quais serão os times, mas acho que dá jogo sim. Só temos que saber
se vamos jogar nas regras da Fiba ou da própria NBA. Embora a gente
conheça as diferenças, na prática a coisa não é tão simples assim -
lembrou o camisa 4 do Flamengo.
Algumas
regras da Federação Internacional de Basquete são diferentes da NBA,
como, por exemplo, o tempo de cada quarto (10 minutos na Fiba e 12 na
NBA) e o número de faltas que cada jogador pode cometer (cinco na Fiba e
seis na NBA).
Quem também vibrou com a oportunidade única de
dirigir um time brasileiro em terras americanas foi o técnico José Neto.
Mais do que uma conquista do Flamengo, o assistente da seleção
brasileira principal divide os méritos com os dirigentes da Liga
Nacional de Basquete e espera que isso seja o primeiro passo para um
intercâmbio maior entre o NBB e a NBA.
- Acho que essa é um
conquista do Flamengo, que a cada temporada investe mais alto na sua
equipe de basquete, em conjunto com o pessoal do NBB, que tem feito um
trabalho muito bom e que se reflete no ótimo momento do basquete
brasileiro. Isso tem que servir como motivação para que outras equipes
que vale a pena investir e que tudo é possível. Acho que o Flamengo terá
uma responsabilidade enorme de representar bem o Brasil para que esse
seja apenas o primeiro passo para um intercâmbio maior entre as duas
ligas - disse José Neto.
Jogadores do Flamengo comemoram título do NBB sobre o Paulistano (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
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