O otimismo de Hernane contrasta com a cautela que o momento
exige. Depois de estimar retomar os treinos em até oito dias, o centroavante
voltou a sentir dores no tornozelo direito. Resultado: está fora do jogo-treino
de domingo contra o Tupi-MG e não tem prazo para ser liberado aos treinamentos
com o grupo do Flamengo. Ficar à disposição de Ney Franco para encarar o
Atlético-PR, na retomada do Brasileirão, porém, é perfeitamente possível.
Foi na derrota para o São Paulo, em 18 de maio, que o
Brocador se machucou. Desde então, perdeu os quatro jogos seguintes até o
recesso motivado pela Copa do Mundo. O tratamento avançou durante os 15 dias de
férias e, na reapresentação seguida de treinos em Atibaia, ele foi liberado pelo
departamento médico. Começou, então, a recuperação física, com trabalhos em
separado. Musculação, corridas e atividades na caixa de areia marcaram o
período. A volta ao Rio revelou um jogador restrito às sessões no vestiário do
Ninho do Urubu. O que aconteceu?
- Começamos os trabalhos com cinco jogadores com cuidados
especiais. Nixon, Leo e Everton avançaram bem e se recuperaram. Treinam com o
grupo. Mesma situação de Alecsandro, mas este ainda está em observação. O Hernane,
porém, foi um passo atrás. Tinha dia que a gente soltava, tinha dia que ele
tinha dor. Isso é normal. Agora, então, fica na academia. O retorno é sempre
com dor. Cada um tem limite diferente, temos de respeitar. A individualidade
permite fazer previsão, mas não nos dá a certeza. Agora, podemos dizer que não
atuará no jogo-treino. A nossa prioridade é a retomada do Brasileirão – explica
o preparador físico Alexandre Lopes.
Hernane realiza treinos restritos à academia do Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Hernane estimou, em entrevista em Atibaia, treinar com o
grupo em oito dias. O prazo venceu na terça-feira, dia 24. Na ocasião,
reconheceu a gravidade da lesão:
- A lesão foi séria, então, tem de ter cuidado para
fortalecer bem a musculatura. Logo, estarei com o grupo. O cuidado é para não
ter nova lesão.
Hernane vive o seu pior jejum de gol pelo Flamengo: seis
partidas. A última vez que balançou a rede faz tempo, dia 1º de março, diante
do Nova Iguaçu, ainda pelo Campeonato Carioca. Desde então, a seca inclui jogos
contra Botafogo, Bolívar (dois jogos), Cabofriense (dois jogos) e São Paulo.
Para piorar, foram duas lesões no currículo: a sofrida diante do São Paulo, e
uma fratura nas costas. No total, soma 45 gols em 86 jogos pelo Flamengo.
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