Os advogados do goleiro Bruno Fernandes estiveram nesta quinta-feira,26, na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá,
para o primeiro contato com o jogador depois da sua transferência de
Contagem para o Norte de Minas. Eles afirmaram que Bruno está se
alimentando bem, mas não está acompanhando os jogos da Copa do Mundo,
uma vez que no local ele não tem acesso à televisão ou rádio. Como já
haviam afirmando antes, os advogados voltaram a dizer que Bruno ainda
sonha em jogar a Copa de 2018.
A defesa composta pelos advogados Francisco Simim, Wallace Simin e Tiago Lenoir pretende entrar com
um novo pedido para que o jogador tenha direito ao trabalho externo ainda este
ano, mesmo cumprindo a pena em regime fechado. O último no início deste mês foi negado, sob alegação de
falta de segurança para o cumprimento.
- Não estamos pedindo um favor. Nos
baseamos na lei para a requisição deste direito, assim como foi concedido ao
ex-senador José Dirceu. Basta o juiz ser legalista. A Lei prevê esta condição - afirma
o advogado Francisco Simin.
Os advogados do goleiro fizeram a primeira
visita ao cliente nesta quinta-feira (26) depois de sua de
Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais. O encontro durou cerca de 40 minutos.
Ville Mocellin, presidente do Montes Claros FC, time com
quem Bruno assinou contrato, também esteve na portaria da Penitenciária e diz
estar disposto a levar o time para treinar em Francisco Sá, para facilitar o
acesso de Bruno, assim que conseguir autorização.
- Faremos o possível para que o jogador se recupere
fisicamente e socialmente - afirma Mocelin que não teve acesso ao interior da
Penitenciária.
Ainda de acordo com o advogado de defesa,
a esposa de Bruno, Ingrid Calheiros, está ainda no Rio de Janeiro onde cumpre
agenda de trabalho, mas deve se mudar para a Montes Claros, que fica a 55 km de
Francisco Sá, na próxima semana. Ingrid já possui um imóvel alugado na cidade e
o advogado acredita que ela poderá exercer a profissão de dentista.
Os advogados de defesa informaram também
que farão um novo pedido de exame de DNA, visto que o goleiro nunca colheu
material para comprovar a paternidade de Bruninho, filho de Eliza Samudio.
Entenda o caso
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas, em março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas, em março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo
nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro
Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não
reconhecia a paternidade.
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