A Fifa afirmou no seu briefing para a imprensa nesta
sexta-feira, no auditório do Maracanã, que custeará a manutenção da
tecnologia da linha do gol (TLG), instalada para os estádios da Copa do
Mundo, por um ano, como legado para o país. Existia o impasse sobre quem
arcaria com o custo se esses equipamentos fossem mantidos. Agora, há
outro. Consultado, o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio,
afirmou que não há uma decisão da entidade a respeito de usar ou não o
equipamento no Campeonato Brasileiro. Isso porque somente os estádios
usados no Mundial teriam o aparato.
O anúncio foi feito pelo diretor de marketing da
Fifa, Thierry Weil, já indicando que terá de haver um debate com a CBF
sobre como o sistema poderá continuar a ser utilizado.
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É importante. Os árbitros têm de confiar no sistema, que foi testado. A
TLG vai ficar como legado como o país e a Fifa vai pagar a manutenção
durante um ano. Estamos discutindo com a CBF como isso vai continuar. É
difícil tomar decisões durante a partida - disse Weil.
Virgílio Elísio, por sua vez, explicou:
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Esse anúncio ainda não chegou para nós (CBF) de forma oficial. É um
caso típico para ser tratado diretamente com o presidente da entidade,
por conta dessas questões de ser um equipamento disponível somente nos
estádios da Copa do Mundo. Vamos esperar acabar a competição para
discutir isso e tomar a decisão com calma.
A tecnologia da linha do gol (TLG) da empresa alemã
foi escolhida entre outros três fornecedores licenciados pela Fifa que
também participaram da concorrência. O aparato tem custo de instalação
de US$ 260 mil (R$ 622,7 mil) e de operação por jogo de US$ 3,9 mil (R$
9,3 mil) - segundo declarações de anteriores de diretores da fabricante.
O GoalControl-4D conta com 14 câmeras de alta
velocidade em campo. Assim que a bola ultrapassa a linha do gol, um
sinal é enviado para o dispositivo que fica no pulso do árbitro -
diferente do relógio usado para cronometrar o jogo. A transmissão dos
dados captados pelas câmeras é feita por sinais criptografados, passados
em menos de um segundo para o dispositivo do árbitro. A escolha da
transmissão se deu justamente para que não ocorra interferência externa
durante os jogos. De acordo com a Fifa, o árbitro pode decidir pelo uso
da tecnologia ou não se perceber alguma falha no sistema.
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